Os filmes de Jacques Audiard ganharam vários Césars, um festival de Cannes e uma indicação ao Oscar sem jamais pegar leve. São dramas sobre bandidos, imigrantes ilegais, treinadoras de baleia que têm a perna comida. Mas o diretor muda de tom com "Paris, 13o. Distrito", que é quase uma comédia. Talvez para manter a fama de mau, Audiard filma em preto-e-branco o bairro de Olympiades (o título original do filme), um amontoado de prédios feios e modernos no sul de Paris, onde nenhum turista vai. Não é uma região pobre, mas também não tem o glamour que se costuma associar à capital francesa. E os protagonistas são jovens que poderiam estar em qualquer grande cidade do mundo: a maluquete que não segura empregos nem relacionamentos, o professor em início de carreira que já se desencantou com a profissão, a moça do interior com um passado complicado. Eles ficam amigos, transam entre si, brigam, enfim, o esperado. Mas Audiard revela uma inesperada leveza de toque, que faz com que a primeira hora e meia passe voando. A última meia hora poderia ser enxugada, mas "Paris, 13o Distrito" é uma boa surpresa. Nem por isso quero visitar Les Olympiades quando eu for a Paris.
"um amontoado de prédios feios e modernos..." Brasília? rs
ResponderExcluirNão,13:34-É o Masp,mesmo.kkkkkk
ExcluirOff topic: Tony vc, que é entendido das coisas, sabe quando Everything Everywhere All at Once vai estrear no Brasil?
ResponderExcluirPelo que andaram me falando sobre o filme, fiquei querendo ver.
Tony,você como gay está intimado a falar
ResponderExcluirsobre o fechamento do Museu da
Diversidade em SP no teu blog.Fosse tu,
me mudaria pro Chile depois desta merda
que fizeram.