Absolutamente imperdível o depoimento que o Marco Pigossi deu à revista Piauí. Mesmo tendo nascido num meio privilegiado e se tornado uma estrela da TV, a jornada dele é parecida com a de muitos gays e lésbicas. Doeu saber que o namorado tinha que fingir que eles não estavam juntos quando o ator cruzava com algum conhecido no shopping. Doeu ainda mais a história do pai que, mesmo já sabendo que o filho é gay, votou no Biroliro. E a mensagem que fica desse processo dolorido é sempre a mesma: depois que você se aceita, todo o resto vem fácil. O mais legal é que, tirando uns poucos comentários trogloditas, o público em geral está dando o maiorrr apoio. Quando saiu do armário em novembro, Marco Pigossi brincou que estava chocando "um total de zero pessoas". Agora, com essa entrevista à Piauí, ele vai é ajudar alguns milhões de jovens pelo Brasil afora.
Inevitável a comparação: dois gays brancos de origem na classe média alta brasileira se assumem em 2021, as semelhanças acabam nisto. Eduardo e Marco se posicionam em locais diferentes na sociedade.
ResponderExcluirEu estou com o Marco!
O Tony não perca mais um minuto para comentar pra nós sobre a Broderagem almôndega e quadrilhesca (Quadrilha de Drummond) entre Carluxo,Carlos Jordy, Léo Índio, Daniel Silveira e Julian Lemos, as bee testorenadase fascistas, protagonizam uma cena de final de noite na finada the Week com acusações de colocação,cocaína além de beijos, abraços, tudo mais e o Caralho.......depois as viadas somos nós kkkk muitos cristais nessa noite ss...e me entendem.
ExcluirG-
Moro na Amazônia e meu grupo de amigos é, em sua maioria, de gays que são servidores públicos de um mesmo órgão. Por causa das diferenças de cargo, de cor de pele e de classe social, é possível criar um perfil de aceitação entre nós. É claro que se eu fosse sociólogo ou antropólogo, seria todo um estudo mais completo e complexo. Mas, dentro da realidade da maioria de nós, essa facilidade de “chocando um total de zero pessoas” ou a de “vou pintar minha unha de verde unicórnio” é típica do perfil “sou branco, vim de fora do estado, falo com outro sotaque e ainda me preparo para outros concursos (pois, geralmente, tenho menos de 30 anos)” – desnecessário dizer que é classe média, porque, hoje, quem passa em concurso público é dessa classe. Para quem é ´caboquinho´ (o da Amazônia mesmo, a mistura de indígena com branco), esse desprendimento só surge com a idade, lá nos trinta e tantos, ao se entender que você já é independente no financeiro, trabalha em um local em que não vai sofrer represálias (apesar do número de evangélicos estar aumentando no setor público), e pode viver em um bairro mais urbano, onde não vá levar pedradas dos vizinhos.
ResponderExcluirMas é o mesmíssimo processo por que passou o Pigossi. Ele está com 32 anos (33 em fevereiro). E escreveu "chocou um total de zero pessoas" porque estava ciente de que viriam milhares comentários do tipo "eu sempre soube", "esse aí nunca me enganou".
ExcluirDepois de ler o texto o que tenho a dizer é:
ResponderExcluirCoitado do namorado dele da época do armário. Ninguém merece ter um relacionamento onde vc tem que se esconder pq o outro tem medo de mostrar que tem um relacionamento com vc.
Coitado de Rodrigo Simas.
ExcluirÉ... esse namorado enfrentou uma barra.
ExcluirSim. Pobre coitado do namorado. Fez tudo e mais um pouco, no fim ainda foi trocado por uma mulher na tentativa do outro parecer mais macho.
ExcluirO namorado em questão não era o Rodrigo Simas.
ExcluirDe acordo com o instituto Data-fodase né anônimo 17:17 kkkkk
ExcluirPode não ser o namorado em questão, mas ele namorou Rodrigo Simas.
ExcluirJurava que ele fosse bissexual, assim como vários atores; mas enfim, muito bom o texto dele e muito tocante.
ResponderExcluirMas na entrevista deu a entender que a sexualidade dele é fluída mas mais "puxada" pro lado gay. Mas eu não sou fiscal de sexualidade alheia.
ExcluirNick
Ele citou o Silvio de Abreu, que você fez uma live pra falar sobre personagens LGBT+. Eu acho que o Silvio não falou por mal a frase sobre atores não assumirem, mesmo que ele tenha feito mal pra gente como o Igor Cosso e o Marco Pigossi. Porém já tem uma nova geração de atores que assumem ser gays e bissexuais, ainda bem.
ResponderExcluirTambém acho. Não li essa entrevista do Sílvio, mas imagino que ele demonstrou esse entendimento sob a perspectiva do telespectador médio, ou melhor, telespectadora. A violência citada pelo Marco, portanto, seria da sociedade, e vá lá, o Sílvio poderia ter sido mais cuidadoso no comentário.
ExcluirNo dia em que o B. Foi para o segundo turno, no canal 'Chá dos 5' do YouTube um dos apresentadores desabafou dizendo que o que mais doía era saber que o irmão militar, uma pessoa com quem ele se dava muito bem, não estava votando no B. por ser também um militar e ter um projeto interessante para o país. O voto era justamente a favor das barbaridades que o B. propagava. E era alguém da família, alguém amado, que o aceitava.
ResponderExcluirDava para ver o quanto ele estava abatido.
Sim, dói. Dói em quem vive essas situações e em quem lê também, pois muitos de nós já viveram a mesma situação. E para quem tem mais de trinta e cinco anos o caminho foi mais pedregoso, pois andamos no escuro aprendendo na prática e sem aviso prévio e informação adequada a sobreviver de um jeito ou de outro durante toda a adolescência e parte da juventude. E tudo foi atrasando, ficando pra depois: o primeiro beijo, a primeira transa, o primeiro namorado e tudo às escondidas tendo que lidar com os medos externos e os monstros internos. E leva muito tempo pra entender que não precisamos de aceitação/aprovação para construir relacionamentos saudáveis e um modo de vida equilibrado sem depender da aprovação alheia.
Acho que a maior lição que todo LGBTQIA+ tem que tirar dos últimos anos é que, independente dos avanços conquistados, na maioria das situações vamos estar sozinhos nas nossas lutas, e temos que ter muito cuidado com quem permitimos fazer parte da nossa vida e quem vamos permitir estar conosco na velhice.
Mas é reconfortante saber que apesar dos pesares, hoje é um pouco melhor.
Desculpe o textão, mas este é daqueles posts que pedem.
Não foi textão amigo e sim a pura verdade. Aconteceu com várias famílias, inclusive integrantes da minha. Ninguém foi enganado, votaram pq se identificaram com o B********. E em toda família tem um tipo B********. Só que não são presidentes da república.
ExcluirOi Tony. Nao sabia dessa história da foto.
ResponderExcluirNa parte da reportagem que ele fala da crise de pânico que teve o aeroporto me lembrou uma situação parecida que eu passei por volta de 2006.
Um dia eu estava pesquisando matérias sobre sexualidade, personalidades homossexuais na História, gays no mercado de trabalho, fé e sexualidades essas coisas, enfim estava tentando me informar com o escasso material que tinha na internet da época. Meu computador, que já não era novo e parecia uma carroça de tanta coisa instalada ocupando espaço no disco e na memória travou com várias janelas abertas. Depois de reiniciar ele passou a se comportar de forma estranha e abrir as mesmas janelas sempre ao iniciar o sistema, não importava o que eu fizesse. Deixei para resolver no outro dia depois do trabalho. A caminho de casa no dia seguinte minha irmã me ligou dizendo que estava na minha vizinha esperando eu chegar em casa pois ela e meu outro irmão que iria para lá também precisavam do computador emprestado para fazer alguns convites ou algo do tipo. Eu gelei. Tentei desconversar e disse que o pc estava com problema que ia resolver no outro dia. Ela, técnica de informática disse "eu posso dar uma olhada para ti, se eu não conseguir eu chamo meu colega que mora aqui perto e sempre me socorre. Tu vai demorar?" Cara! Eu entrei em pânico, tentei desconversar de todas as maneiras e disse que ia demorar, eu suava frio e tremia tanto que até ânsia de vômito senti. Eu não conseguia raciocinar. Acabei mudando de rota e fiquei fazendo voltas desnecessárias pela cidade por um tempão num comportamento patético de adolescente e eu já tinha 23 anos e era um marmanjo adulto e independente! Eu sei que é isso é ridículo. Mas eu entrei em desespero só de pensar na minha família e nas consequências no meu trabalho. O curioso é que eu não estava vendo pornografia gay. Eram matérias como estas da Piauí e outros textos sobre estar no armário. Mas a possibilidade de desconfiarem da minha sexualidade me aterrorizava num grau absurdo. No dia seguinte a caminho do trabalho levei em uma empresa técnica especializada e pedi para reformatar o pc. Estava morrendo de medo que o técnico conhecesse alguém da minha família ou algum amigo e fizesse algum comentário maldoso com alguém a meu respeito, já que morava em numa cidade pequena onde quase todo mundo se conhece. Perdi muita coisa que estava salva no pc. É impressionante como a gente direciona os nossos passos na vida baseado na opinião alheia e o estrago que isso pode causar. Entendi perfeitamente o que o Marco passou no aeroporto.
Não consigo me solidarizar...
ResponderExcluirA vida do gay branco padrão no Brasil é muito mais fácil.
Nossa João! Quanta amargura (mais uma vez) nesse coraçãozinho.
ExcluirJoão, que decepção. Eu te conheço pessoalmente e te acho muito inteligente, mas aqui você entendeu tudo errado. A dor do Pigossi é real, assim como é real a dor de todos os gays que enfrentam a homofobia em algum momento da vida. O conforto material não ameniza essa dor.
ExcluirNão caia na esparrela desses identitários radicais, que brigam com quem já está do nosso lado. O exemplo do Pigossi vai empoderar muitos gays e lésbicas pelo Brasil, pois se trata de uma pessoa famosa que passou pelo mesmo sofrimento que muitos passam neste momento. É um exemplo de coragem e determinação. Isto deveria ser aplaudido, ao invés de reagir com um "âin, mas ele é branco cia padrão de classe média alta". A homofobia não escolhe classe social.
Concordo com vc até certo ponto, Tony.
ExcluirNão entendi o que é esse identitarismo radical. A história do Pigossi é fodona, e ele é fodão! Esse depoimento para mim foi histórico. E eu, gay negro, me identifiquei para caralho com o depoimento dele. Contudo te digo, enfrentar homofobia e racismo complica tudo ainda mais. Por exemplo, tô achando lindo esse acolhimento a ele, mas no meu caso, me questiono, se ele fosse negro haveria esse acolhimento viral? Mas sequer existem galãs negros... Tô fechado com o Pigossi, mas estou em um local mais desconfortável que o dele. Identitarismo radical?
Joao, sendo padrão ou não todos nós sofremos, sendo de dores particulares ou de dores em comum.
ExcluirEu reconheço isso. Apenas não consigo me sentir representado pelas milhões de merdas que eu passei. Solidarizar é se colocar no lugar, até certo ponto.
ExcluirAcho que João só disse que sendo Branco e da classe social que é, para Pigossi é bem mais fácil que para os outros. Sou mais jovem um ano e meio e sou branco, porém pobre. E a barra é MUITO grande.
ExcluirNome italiano: bônus no currículo
ExcluirAltura: 1,80m. Mais do que a média brasileira; tamanho visto como "adequado" e atraente
Feições: traços europeus, brancos
Corpo: malhado, provavelmente nunca foi gordo. Biotipo de quem tem tendência a ganhar músculo e manter gordura mais baixa
Renda: rico
Cada fator desse é uma camada a menos de opressão. Acho que quando a gente fala de preconceito tem que pensar nas questões transversais.
Santo Deus, como vocês são infantis. Isso é falta de boleto para pagar? Transformaram o depoimento corajoso de uma pessoa que tem muito a perder se assumindo gay num concurso de sofrimento. Desmerecem a dor real por que ele passou, só porque não é preto/trans/favelado/etc.
ExcluirHomofobia não escolhe classe social, gente. Sejam solidários com a dor de quem quer que seja. Cresçam.
Não desmereço não...eu entendo, compreendo, respeito. Aplaudo. Só não consigo ver como um sofrimento idêntico ao que passei. Por isso tenho dificuldade com a situação.
ExcluirVocê também é branco, cis, de classe média alta. Seria interessante você compartilhar esse seu sofrimento e explicar melhor porque não se solidariza com alguém que passou por algo parecido. Uma sugestão.
ExcluirTony,
ExcluirA demanda não foi para mim. Mas como o João é branco, vou ajudá-lo a responder. Sou o anônimo do dia 8 de janeiro, 10:38. Sou ‘caboquinho’ classe média alta. Eu sou solidário com Marco. Na entrevista, ele diz que vinha de uma constante de três sessões por semana de terapia antes de ir para os benzodiazepínicos. Ninguém com bom acompanhamento vai tomar Rivotril (Frontal, que seja...) só para não sentir emoções mais intensas. Ele monta realmente um quadro em que é justificável e recomendável esse uso. Eu entendo que ele sofreu bastante por ser bissexual. Entretanto, existe um ponto de clivagem sistêmica aí. Desde o começo, para análise do discurso, o Marco é colocado em uma casa em Los Angeles. Ou seja, ele não só é de São Paulo, como está lá fora... longe. Antes dos 35 anos, por uma atitude do namorado, e depois de ter rachado com a Globo, ele reposta uma foto com o “chocando um total de zero pessoas”. Apesar de todo o sofrimento que ele realmente viveu, ele é alguém que teve benefícios para dizer isso.
Um ‘caboquinho’ que nasceu do lado de uma cloaca espanhola (igarapé transformado em dejeto de cocô e mijo) não vai, com uma idade superiora a dele, poder dizer a mesma coisa. Vai levar pedrada. Só se ele for muito privilegiado igual a mim e, por mais que a casa seja do lado de uma cloacla espanhola, ter tido uma outra Vicência. O que é raridade.
Ô classe desunida. Enquanto preferirmos trocar tiros entre nós mesmos, o inimigo está ganhando.
ExcluirAcho que a Piauí teria feito um melhor trabalho convidando cinco pessoas. Cada uma contando uma história e representando experiências parecidas porém diversas. Há pontos de contato entre eu e o moço, mas há também muitas divergências...das que não posso desconsiderar...
ExcluirAs quais*
ExcluirIsso seria um especial anti-homofobia. A matéria era apenas um depoimento de uma celebridade. Se vocês não conseguem enxergar a grandeza e a importância disso, o problema é de vocês.
ExcluirEm tempo: quem quiser uma coletânea de histórias de autoaceitação pode ver (ou rever) o curta “Eu Não Gosto dos Meninos”, disponível no YouTube. Eu participo, assim como dezenas de outras pessoas. A edição faz parecer que estamos contando uma história só - e estamos.
Excluirnossa que dó do galã mais padrão que o ryan gosling, de doer o coração mesmo
ResponderExcluirConcordo,13:24.Os brancos de classe-média de SP
Excluirvindos de familias reaças tem espaço pra falar
o que acham.Difícil é um negro e gay e vindo de
uma familia pobre como o RuPaul,por exemplo.
Depois que inventaram a internet, todo mundo tem espaço para falar. Basta ter um smartphone baratinho, que muita gente na favela tem.
ExcluirSim,é verdade.Mas é verdade,também,que uma
Excluirrevista como a Piauí tem muuuuuito mais
repercussão,né?
Beee, eu comecei s escrever na internet. Levei anos para chegar na Folha. Não é assim que funciona.
ExcluirNão sei se é um lance generacional, mas para mim tem muito impacto um jovem galã do primeiro time sair do armário. Quem me dera alguém tivesse feito o mesmo quando eu era um adolescente inseguro.
Concordo com o João morrer espancado na paulista ele não vai, nunca correu esse risco como gays e trans fora do padrão
ResponderExcluirNunca houve um caso de gay espancado até a morte na Paulista. O episódio mais famoso foi o da lampadada, e a vítima era um rapaz branco, cia e hétero.
ExcluirMoral da história: a homofobia não escolhe classe social. Fim.
Comovente o relato do Marco Pigossi, traz representatividade a todos os jovens gays, lésbicas e bissexuais, ainda que se façam recortes de classe, raciais ou regionais (eu mesmo sou de Belém, outra realidade). Me sinto ainda mais invencível com ele também se sentindo assim.
ResponderExcluirSó tem um problema:infelizmente,só os gays
Excluirbrancos e que fazem/faziam novelas naquela
tal TV que só se salva os filmes/séries
dos EUA tem voz neste país.
Você está um pouco desatualizado. Hoje em dia temos Thiago Amparo, Silvero Pereira, Ícaro Silva, Linn da Quebrada e muitos outros LGBTQIA* não-brancos que têm voz neste país.
ExcluirO peso das vozes não é igual Tony. Você sabe disso.
ExcluirEsse povo reclama de tudo! Que bom que um galã se assumiu!!! No meu tempo de juventude morava no interior, nao tinha ninguém dando as caras , quanto mais um cara como o Pigossi. Acho que válido a luta de todos , mas invalidam a luta do outro, não é certo! Pigossi está de parabéns e quem falar o contrário, ainda mais sendo do meio gay , ou é estupido ou está de má fé.
ResponderExcluirO Pigossi é branco e a midia dá e deu poder
Excluiraos brancos historicamente no Brasil.Já viu
o sobrenome dele?Fosse um Ferreira,aqui,ó!
Agora falta o babaiof e o pitombo. O geane não adianta, escreveu aquela biografia e passa vergonha.
ResponderExcluir