Eu nunca tinha assistido a um espetáculo da Deborah Colker ao vivo. Preenchi essa lacuna na noite de ontem com "Cura", cujo título e assunto vêm a calhar para o momento que eu passo. A mais importante coreógrafa do Brasil mistura candomblé e judaísmo, com cenários de Gringo Cardia, libreto de Nolton Bonder e música de Carlinhos Brown. A cura que ela busca, inspirada pela doença de pele incurável de seu neto, é antes de tudo espiritual. A morte é contemplada de perto num pas-de-deux ao som de "You Want It Darker", que Leonard Cohen compôs quando sentiu que seu fim estava próximo. "Cura" me tirou o fôlego, me deslumbrou e me deu vontade de fazer uma oferenda para Obaluaiê.
Ela é judia e do candomblé?
ResponderExcluirSe não é, isso não configura apropriação cultural?
Tô perguntando na sinceridade mesmo. Vejo muita coisa sendo chamada de apropriação cultural ao mesmo tempo que muitas outras coisas igualzinhas (ao meu ver) não são taxada disso. Queria entender.
Ela é de origem judaica, porém ateia. E profundamente espiritual.
ExcluirMas não haveria problema algum em ser judia e do candomblé ao mesmo tempo. As religiões de matriz africana são generosas, acolhem qualquer um.
Além do mais, judaísmo e candomblé integram a cultura brasileira. E Deborah é brasileira.
A tese de doutorado de uma moça que conheço pela PUC-SP é justamente a relação de diversas famílias judias vindas do leste europeu que se simpatizaram muito com candomblé, eu mesmo conheço famílias assim. ( Judeus principalmente vindos do interior da Polônia tinham aproximação com misticismos, mas claro essa fusão se deu apenas no Brazyll)
ExcluirÉ possiível entender um pouco indo às cerimônias dessas religiões. Seria um bom início para a partir daí questionar se o uso é uma apropriação ou não, o que não se sabe é se terá a mesma facilidade em visitar uma Sinagoga com a facilidade de visitar um Terreiro. E isso já diz muito.
ExcluirMinha mãe mesmo é de origem judia mas ela é bem mais espírita kkkk (Fernandes é de pai), Brasil é sincretismo
ExcluirO Mio Babbino Caro
ResponderExcluirNão precisa ser agora. Degole uma galinha no Yom Kippur e participe de tudo que tiver direito no próximo Olubajé.
O maior mistério desse blog não é quem é o Oscar e sim quem é o Babbino
ExcluirEu conheço o Babbino pessoalmente. Já nos cruzamos algumas vezes e ele veio falar comigo.
ExcluirE de minha parte foi um prazer e honra conhecer nosso querido Tony. Nossas diferenças, creio, só nos tornam melhores.
ExcluirQue tudoo, eu tenho o título de seu leitor mais novo hahaha se um dia te ver te dou um oi
ExcluirO Babbino não sei mas o Zeca comenta aqui direto
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