domingo, 14 de março de 2021

A ACADEMIA NA PANDEMIA

Amanhã de manhã saem as indicações ao Oscar de 2020 e uns trocados. A mais estranha temporada de prêmios da história fez com que a Academia de Hollywood esticasse o ano em dois meses: filmes lançados em janeiro e fevereiro de 2021 valem para a premiação relativa ao ano anterior. Os objetivos eram: 1) dar tempo para mais estreias de peso; 2) dar tempo para que a pandemia amainasse e os cinemas reabrissem; e 3) dar tempo para que a cerimônia  acontecesse normalmente, sem discursos de agradecimento pelo Zoom. Não deu muito certo. Muitos filmes importantes foram adiados para o final deste ano, como "Amor Sublime Amor" de Steven Spielberg ou "Duna" de Denis Villeneuve. As salas de Nova York e Los Angeles, os dois maiores mercados dos EUA, seguem quase todas fechadas. Mas talvez a entrega do Oscar seja mais presencial do que as de seus antecessores. Está marcada para 25 de abril e, até lá, boa parte dos americanos vai estar vacinada. Nada disso me permite furar uma antiga tradição deste blog, que é prever as indicações. Então vamos lá:

MELHOR FILME
Bela Vingança
Mank
Meu Pai 
Minari
Uma Noite em Miami
Nomadland
Os 7 de Chicago
A Voz Suprema do Blues

Isso, se forem oito indicados. Podem ser nove: aí, entra "Judas e o Messias Negro" na lista. Na rara hipótese de serem 10, entram "O Som do Silêncio" ou "The Mauritanian".

ATUALIZAÇÃO: Foram só oito mesmo, mas errei dois na minha lista. No ligar de "Uma Noite em Miami" e "A Voz Suprema do Blues", entraram "Judas e o Messias Negro" e "O Som do Silêncio".

MELHOR DIRETOR
Lee Isaac Chung (Minari)
Emerald Fennell (Bela Vingança)
David Fincher (Mank)
Aaron Sorkin (Os 7 de Chicago)
Chloe Zhao (Nomadland)

Pela primeira vez, teremos duas mulheres no páreo! E talvez uma terceira: Regina King, de "Uma Noite em Miami". Mas, para isso, Alan Sorkin vai ter que ceder o lugar. Florian Zeller, de "Meu Pai", também é uma possibilidade. Correndo bem por fora, o dinamarquês Thomas Vinterberg, de "Druk". 

ATUALIZAÇÃO: Errei um. Aaron Sorkin caiu fora e entrou justo o que eu disse que corria bem por fora, Thomas Vinterberg.

MELHOR ATOR
Riz Ahmed (O Som do Silêncio)
Chadwick Boseman (A Voz Suprema do Blues)
Anthony Hopkins (Meu Pai)
Gary Oldman (Mank)
Seteve Yeun (Minari)

O mais vulnerável desses cinco é Gary Oldman. De olho na vaga dele, estão Tahar Rahim (The Mauritanian), Delroy Lindo (Destacamento Blood), Tom Hanks ("Relatos do Mundo") e Mads Mikkelsen (Druk), mas a concorrência é fraca.

ATUALIZAÇÃO: Acertei tudo, eu sou foda.

MELHOR ATRIZ
Andra Day (Os Estados Unidos vs. Billie Holliday)
Viola Davis (A Voz Suprema do Blues)
Vanessa Kirby (Pieces of a Woman)
Frances McDormand (Nomadland)
Carey Mulligan (Bela Vingança)

Este é o raro ano em que disputa entre as mulheres está mais acirrada entre as mulheres do que entre os homens. Ao invés de Vanessa Kirby, pode entrar Sophia Loren, mais pela volta aos 84 anos do que por "Rosa & Momo", ou até mesmo Amy Adams, com quem a Academia está em dívida, por "Era uma Vez um Sonho".

ATUALIZAÇÃO: Acertei tudo, I am fuck.

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Sacha Baron Cohen (Os 7 de Chicago)
Chadwick Boseman (Destacamento Blood)
Daniel Kaluuya (Judas e o Messias Negro)
Leslie Odom Jr. (Uma Noite em Miami)
Paul Raci (O Som do Silêncio)

A mais frouxa de todas as corridas, onde um ator fazendo papel de protagonista (Daniel Kaluuya) deve levar o prêmio de melhor coadjuvante. Paul Raci ou Chadwick Boseman podem cair fora, abrindo espaço para... Alan Kim, o garotinho chorão de "Minari"? Ou Jared Leto, por "Little Things"? Não vi esse filme, mas dizem que é péssimo.

ATUALIZAÇÃO: Errei um. O finado Chadwick Boseman não entrou. Em seu lugar, uma surpresa: Lakeith Stanfield, por "Judas e o Messias Negro" - um filme que dois coadjuvantes nos papéis principais.

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Maria Bakalova (Borat: Fita de Cinema Seguinte)
Glenn Close (Era uma Vez um Sonho)
Olivia Colman (Meu Pai)
Jodie Foster (The Mauritanian)
Youn Yuh-Jung (Minari)

É aqui que a coisa pega. Amanda Seyfried, antiga favorita por "Mank", periga ser esquecida. Ellen Burstyn, por "Pieces of a Woman", e Helena Zengel, por "Relatos do Mundo", a uma hora dessas já foram.

ATUALIZAÇÃO: Errei Jodie Foster. "The Mauritanian" não levou uma mísera indicação. No lugar dela, entrou Amanda Seyfried.

MELHOR FILME INTERNACIONAL
Collective (Romênia)
Deux (França)
Druk: Mais uma Rodada (Dinamarca)
La Llorona (Guatemala)
Quo Vadis, Aida? (Bósnia)

Os únicos que estão garantidos são o dinamarquês e o bósnio. No lugar de qualquer um dos demais, podem entrar "Caros Camaradas" (Rússia) ou "Noite de Reis" (Costa do Marfim).

ATUALIZAÇÃO: Errei dois. França e Guatemala foram esnobadas. Acabaram sendo indicados dois longas que não estavam entre os mais cotados: "Dias Melhores", de Hong Kong, e "O Homem que Vendeu Sua Pele", da Tunísia.

Amanhã eu volto para ver quantas eu acertei.

2 comentários:

  1. Algum desses filmes presta, pq ultimamente os filmes do oscar andam chatíssimos !

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  2. Faltou alguns dos muitos filmes que tenho visto no Xvideos. Que aliás deveria ganhar um prêmio pelos serviços prestados à humanidade.

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