segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

MINHA SÉRIES DE 2020

Dizer que as séries de TV são minha forma favorita de entretenimento não é novidade. Mas, neste ano de confinamento, elas se tornaram ainda mais presentes e indispensáveis. Tanto que minha lista de favoritas tem 11 séries com temporadas e três minisséries, sendo uma dessas documental. Se 2020 foi bom nesse quesito, temo pelo ano que vem. Com tantas produções suspensas por causa da pandemia, o que iremos assistir em 2021?

AMOR E ANARQUIA
Um dos programas mais maduros de 2020 tem dois adultos se comportando feito crianças. Flagrada se masturbando pelo cara de TI, uma executiva casada e insatisfeita começa com ele um jogo de desafios, que logo descamba para o adultério. A nudez frontal dos belos protagonistas é o que se espera de uma série vinda da Suécia.
BRIDGERTON
Esta adição de última hora foi a salvação do fim de semana do Natal. Como não amar uma série que coloca casais mulitrraciais rodopiando ao som de "thank u, next", da Ariana Grande, executada por quarteto de cordas? A estreia de Shonda Rhimes na Netflix é uma suntuosa produção de época que, na verdade, fala apenas aos dias de hoje. Também é o assunto da minha coluna de hoje no F5.

CALIFADO 
A Suécia nunca sofreu um atentado islâmico. Mas, como boa parte da Europa, o país viu parte de seus jovens muçulmanos serem atraídos pelo ISIS. É de lá que vem essa série, uma das mais tensas do ano. Lembra dos bons velhos tempos, quando o grande problema da humanidade era o terrorismo?
EXPRESSO DO AMANHÃ
A adaptação para a TV do filme de Bong Joon-Ho estreou na hora certa. A história do trem desembestado que roda o planeta após uma catástrofe climática, com passageiros divididos por classes sociais, parecia uma metáfora da pandemia. A segunda temporada chega em janeiro.
 
THE GREAT
Um pouco como "Bridgerton", essa série da Starzplay também toma liberdades com a história. No caso, a da imperatriz Catarina da Rússia, acusada de ter matado o marido para reinar sozinha. Esse crime não acontece na primeira temporada, mas não faltam ótimas piadas e algumas cenas cruentas. Nunca soube que Elle Fanning era boa de comédia.

HERNÁN
Visitei o set dessa superprodução nos arredores da Cidade do México, em 2019. O resultado não me decepcionou. Esta nova versão da conquista do império asteca pelos espanhóis liderados por Hernán Cortés é quase uma versão latino-americana de "Game of Thrones", com sacrifícios humanos e diálogos em nahátl. Tem na Amazon.

I MAY DESTROY YOU 
Esta é A série do ano. Michaela Coel conseguiu abordar um dos temas mais quentes do momento, o abuso sexual, de uma forma que faz rir e chorar ao mesmo tempo (quero só ver como os Emmys irão classificá-la no ano que vem). Atriz, roteirista e diretora, essa britânica de 33 anos é, ao lado de Phoebe Waller-Bridge, uma das pontas-de-lança de um movimento que está sacudindo a TV: mulheres que escrevem e atuam em suas próprias histórias.

QUASE FELIZ
Pouca gente aqui no Brasil se interessou por esta sitcom argentina, o que é uma lástima. Sebastián Wainraich satiriza a própria crise de meia-idade sem dó nem piedade, interpretando o apresentador de um programa de rádio que não consegue arrumar namorada porque ainda está apaixonado pela ex-mulher. Uma mistura deliciosa de humor judaico com melancolia portenha – e o tema de abertura é do Miranda!, uma das minhas bandas favoritas.
RATCHED
Num ano em que Ryan Murphy pareceu lançar algo novo toda semana, este foi o produto que mais se destacou. Talvez porque ainda mantenha o humor macabro que tornou o showrunner famoso. A "história de origem" da enfermeira de "Um Estranho no Ninho" ganhou cores fortes e elenco idem, liderado pela patroa Sarah Paulson.
TEERÃ
Tem pouca coisa para ver no Apple TV +, mas, quando tem, costuma ser muito bom. É o caso desta série israelense, dos mesmos criadores de "Fauda". O tema é da hora: uma espiã de Israel infiltrada na capital do Irã, com a missão de cortar a energia elétrica do sistema de radares do país. Sem nunca resvalar para o maniqueísmo banal, a primeira temporada me fez subir pelas paredes.

VIDA PERFEITA
Mais um exemplo de mulher fodona que escreve, atua e dirige: Leticia Dolera, responsável por esta sitcom espanhola que passou meio batida na HBO. Ela faz a mais jovem de três irmãs, cada uma com seu problema, numa trama cheia de plot twists.


E as minisséries...

EM NOME DE DEUS
A única produção brasileira da minha lista também é a única documental. Um trabalho excepcional da equipe do programa "Conversa com Bial", encabeçada por Camila Appel, que traz depoimentos dilacerantes de algumas da muitas vítimas do falso médium João de Deus. É o melhor exemplar nacional, até o momento, de um gênero que faz sucesso no streaming: as séries que reconstituem crimes famosos.

MRS. AMERICA
A trajetória de Phyllys Schlafly também chegou em boa hora. Para quem não conhece, a mulher foi a maior líder ANTI-feminista dos Estados Unidos, responsável por vários retrocessos. Cate Blanchet dá um show no papel principal, e coadjuvantes como Rose Byrne, Tracey Ullmann e Uzo Aduba fazem feministas históricas.

NADA ORTODOXA
Vi de uma sentada, como se fosse um filme de quatro horas de duração. Impossível não se envolver com a saga da garota judia que tenta escapar de um casamento arranjado e uma vida cheia de restrições. Pode apostar que a jovem atriz israelense Shari Haas aparecerá em muita coisa daqui em diante. Ela é poderosíssima.


Na TV aberta, tenho pouco a destacar. Gostei do especial "Falas Negras" e dos dois episódios especiais de "Sob Pressão". Segui o "BBB 20" e o "Mestre do Sabor", meio por falta de opção. E só. Que voltem logo as novelas em 2021.

10 comentários:

  1. Em Vida Perfeita a sapatona é irmã e a outra é amiga.

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  2. Eu adoro um seriado despretensioso com homens lindos, como é Bridgerton. Mas, pqp...que roteiro terrível ! personagens vão de 0 a 100 em 5 segundos, viram em 180 graus pelo menos a cada episódio...
    Mas, confesso q adorei hhehe assisti um atrás do outro.
    Recomendo "Quarto 2806" na Netflix, minisserie documental sobre o caso de Dominique Strauss-Kahn, a prisão por estupro em Nova Iorque, etc. Muito bem feita, cheia de reviravoltas.

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  3. I may destroy you é da HBO?

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  4. Você já teve a oportunidade de assistir 'Veneno'? Entrou no meu Top 10.

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    1. Os "profanos" têm listas Top 10.

      Os maçon$ - e seus macaco$ pagos - tem listas Top 11.

      TUDO que é relacionado com o 11.

      PORQUÊ?

      "Aí eu pergunto, quantos mais terão que morrer até tomarmos vergonha na cara?"

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  5. E os gays? Filmes? Séries ? Curtas?

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  6. Teerã não é ruim mas impossível ver qq coisa relacionada a Israel e não lembrar que eles são os que mais matam desde a segunda guerra como contado no livro rise and kill first inclusive civis, e o Netanyahu é uma figura affeee. Agora também não acho que eles são inimigos dos Iranianos acho que os EUA os usa como faixada pra atacar um estado não submisso algo inaceitável para os imperialistas.

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  7. Herman não está disponível. Ela chegou a entrar no streaming Brasil?

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