quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

A ÚLTIMA SESSÃO DE CINEMA

Antes da pandemia, eu ia umas três, quatro vezes por semana ao cinema. Duvido muito que eu volte a esse ritmo depois que a vacina chegar. Para começar, mais da metade dos filmes que eu via não era grande coisa. Fora o trabalho de sair de casa, caminhar, gastar dinheiro: hoje o que não me falta é opção de home entertainment, feliz assinante de várias plataformas que sou. Pairando sobre tudo isso, há algo mais grave: será que as salas de cinema irão sobreviver? A meia entrada aqui na minha região sai de 15 a 20 reais, o que é mais do que eu pago por mês na Amazon ou na Apple TV+. Daqui a pouco, talvez nem pagando tenha coisa para ver. Hoje a Warner anunciou que seus próximos lançamentos sairão primeiro na HBO Max. A universal fechou acordo com uma das maiores cadeias de exibição dos Estados Unidos para reduzir a janela exclusiva para apenas 17 dias (nos tempos do VHS, era de no mínimo seis meses). Com aparelhos de TV cada vez melhores, home theater e o escambau, ir ao cinema está se tornando dispensável. Sim, eu adoro a experiência, o escurinho, o senso de comunidade. Mas odeio a bomboniére inflacionada, a poltrona que não reclina, o vizinho tagarela. Ir de máscara, então, é quase um suplício. Todas as salas andam às moscas. Não admira que o Belas Artes, aqui perto da minha casa, irá fechar novamente, depois de dois meses reaberto. Minha dúvida é: abrirá de novo?

11 comentários:

  1. Diferentemente dos hoteis, que também estão sofrendo bastante, acho que o cinema não volta com a fim da pandemia. Não como era...

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  2. Como colunista de entretenimento, vc não ganhou nenhuma assinaturazinha grátis dessas plataformas?

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  3. Os revestimentos do cinema (carpet) aliados ao ar condicionado de filtro sujo + adolescentes rindo alto para chamar atenção + namorado explicando o filme para a namorada ( como se precisa se) eu prefero minha tv grande e meu conforto do lar! O lado Bom que o cinema tem imersão ( em casa não paro de dar pausa, para todas as coisas) e o lado sair de casa e encontrar pessoas e conhecer pessoas novas ( gente de cinema é interessante)

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    1. menino, vc só deve assistir porcaria para dividir a sala com esse tipo de público

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  4. Se o Belas Artes fechar de novo será a deixa pra mais um abraço coletivo em torno dele, aquela corrente humana moderna que sofre com a deterioração da cultura quando a câmera está ligada.

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    1. Oficialmente vai fechar por um mês, não é um fechamento definitivo. Anda com pouco público, e em dezembro as bilheterias dos cinemas costumam cair por causa das festas. Acharam melhor fechar, para não aumentar o prejuízo.

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  5. Eu já fui ao Belas Artes,acho maravilhoso,mas infelizmente os filmes ditos cults, alternativos não atraem muito público,então esse cinema acaba passando por dificuldades,ainda mais em tempos de pandemia,o brasileiro já não consome muita cultura em tempos "normais" aí na era coronga menos ainda.

    Eu fiquei revoltado com o Marcius Melhem depois da reportagem da Piauí,eu admirava o cara por reformular o Zorra,programa que tinha um humor preconceituoso, pastelão ultrapassado,com esquetes que exploravam a homofobia e até o machismo,que ele praticou em sua vida pessoal contra a Calabresa e outras atrizes,ele acabou com quadros que exploravam o corpo das atrizes,eu lembro do "Da uma subidinha",baita de um hipócrita ,combater o machismo na TV e pratica em sua vida pessoal ,agarrando suas subordinadas a força,se valendo de sua posição de chefe,parece até aqueles padres e pastores evangélicos que pregam contra a imoralidade sexual,a homossexualidade e as escondidas praticam o que combatem em seus sermões,me dá um nojo!!!Vontade de vomitar

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  6. Eu assisti "Eu, Tonya" nos cinemas, e adorei. Quis revê-lo. Não encontrei em nenhum streaming, não uso mais o Torrent e se passou no Tele Cine eu não vi porque não tenho mais TV por assinatura; então se os cinemas fecharem, infelizmente ficaremos privados de muitas coisas. O streaming pode ter muito, mas não tem tudo. Como um colecionador de mídia física posso atestar com facilidade - procure algum disco da carreira do Richard Wright,o saudoso tecladista do Pink Floyd, por exemplo, e você não encontrará nada (assim como há não muito tempo não havia quase nada disponível do Peter Gabriel e nada garante que não possa sumir novamente).

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  7. Sabe uma coisa que me dá um nojo enorme de cinemas : pipocas... E li que a venda de pipocas é mais lucrativa do que o próprio ingresso, Acho asqueroso aquelas pessoas com aqueles baldes enormes displicentes, sem nenhum cuidado deixando cair as pipocas no chão. Me dava tensão e vontade de chamar atenção e pedir para catar...

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