quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

A CAÇA CAIU


Às vezes uma ideia se espalha pelo ar feito um vírus, contaminando pessoas no mundo inteiro. Algumas desenvolvem sintomas, outras nem percebem que foram infectadas. Um caso recente é o da caçada humana. O conceito nem é novo: no Império Romano, patrícios se divertiam flechando escravos. mas agora voltou à moda, como metáfora da brutal desigualdade que impera no planeta. A ideia rendeu um filme excelente em 2019: o brasileiro "Bacurau", que segue colhendo prêmios e elogios mundo afora. Também serviu de mote para um longa que causou celeuma antes de estrear, mas que não passa de uma execução equivocada: o americano "A Caçada", que finalmente chegou ao canal Telecine depois de ter sua estreia cancelada nos cinemas. Como em seu similar nacional, aqui também um bando de incautos está sendo perseguido por malvados ricaços. O espectador é levado a torcer pelos coitadinhos, que sofrem mortes horríveis e não têm como se defender. Aos poucos, fica claro que os caçadores são liberais, que votaram na Hillary, e os caçados são "deploráveis" que votaram no Trump. Que esperteza do roteiro, não é mesmo? No fundo são todos iguais, tudo farinha do mesmo saco! Aham, só que não. Quem promove ataques a sinagogas e marchas em prol do nazismo é a extrema-direita, e querer igualá-la aos democratas é pior que doisladismo. É falta de caráter. Isso nem seria tão grave se "A Caçada" fosse engraçado, ou tivesse alguns insights inteligentes. Mas não. É só um amontoado de sequências ultraviolentas, em que a gente não torce por ninguém. Só para essa joça acabar logo.

14 comentários:

  1. Eu não me lembro o nome, mas me lembro de já ter visto esse plot de humanos caçar humanos como esporte em alguma das distopias feitas para adolescentes dos anos 2000...

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    1. O escravo na antiguidade não era considerado humano...mesmo assim a crueldade com negros escravisados foi pior. Acho que filme pra adolescente dos anos 2000 é o hostel assustador e eu não duvido que algo assim realmente exista.

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    2. A humanidade só vai avançar quando dermos um jeito de viver sem o dinheiro. Estilo Star Trek, não existe mais dinheiro nem posses nem miséria só trabalhamos pra nós melhorar e melhorar a humanidade. Utopia demais? Eu não acho, a alternativa é esse mundo caótico bobo cruel onde o potencial humano infinito é desperdiçado em useless jobs.

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    3. As guerras, o petróleo (uma tecnologia bem atrasada atrasada tipo 100 anos, ) a exploração todo o horror do mundo vem do capitalismo não existe essa de natureza humana (merci Sartre) Vietnã e Iraque 2 guerras absurdas só pra quem fabrica armas letais ganhar dinheiro DINHEIRO DINHEIRO! Por um mundo onde dinheiro não exista

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    4. Os russos bem que tentaram. A ideia era excelente, mas a sua execução foi modificada pela ganância humana e deu no que deu. Talvez algum dia, quando alguma máquina tomar o poder, a vida socialista funcione.

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  2. O Mio Babbino Caro
    É isso aí. Nome aos bois e está acabado.
    Mesmo assim nos sabemos que tem reaça coçandoo pra criticar a critica rsss

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  3. Eu não vejo o filme como um mal caratismo. Vejo como um aviso para ambos os lados... Para os Trumpianos sobre o que pode acontecer com eles no futuro (vão ser politicamente caçados) e para os democratas mais revoltados que, sem querer e na raiva, acabam agindo como trogloditas semelhantes aos da extrema direita (e esquerda tb).

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    1. Tá...por falar nisso por onde anda aquele bando de vagabundos que incendiaram esse blog para tirar a PresidentA Ladrona e desonesta. Se quisessem tem um aí duas vezes pior auxiliado pelos filhos para desmandos. No entanto está provado que é mais toleravel bandidos e famílicia do que uma mulher em seu cargo. Vergonha alheia é pouco.

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  4. Comentário off-topic, sobre seu texto na “Folha”: uma coincidência entre Roupa Nova e Toto é que ambos foram banda de apoio de Rita Lee, em dois álbuns consecutivos. Roupa Nova fez as bases de Rita em 1982, no álbum que tinha, entre outros hits, “Flagra”. Já o Toto gravou com a brasileira no ano seguinte, no disco que trazia “Desculpe o Auê”. Mas não acho que o Roupa Nova foi tão injustiçado assim. São excelentes instrumentistas, têm vocais afinadíssimos, mas, mesmo fazendo música própria, mantiveram a (falta de) personalidade de uma banda de baile, como de fato foram, na época em que os grupos musicais ainda eram chamados de “conjuntos”. Como músicos de estúdio, fizeram excelentes trilhas e vinhetas para rádio e TV, como “Videogame”, tema de abertura do “Jornal da Manchete”, as vinhetas da fase áurea da Rede Transamérica de Rádio e o “Tema da Vitória”, de Eduardo Souto Neto, que embalava as vitórias de Nelson Piquet (e também, mais tarde, de Ayrton Senna, Rubens Barrichello e Felipe Massa). Até fizeram algumas boas interpretações de canções como “Lumiar”, de Beto Guedes e Ronaldo Bastos, e “Sapato Velho”, de Mu Carvalho, Cláudio Nucci e Paulinho Tapajós. Mas a maior parte do repertório, como vc mesmo admitiu, era comercial (=pop=brega).

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    1. A chamada para essa matéria apareceu até no meu insta, nem sabia que era do meu muso...

      Vc parece que é gostoso, Ari!

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  5. Tony obrigado pela matéria sobre o Roupa Nova, sempre achei uma injustiça a mídia rotula-lós de cafona.

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  6. Roupa Nova não foi injustiçado. É uma banda que toca em formatura e que deu muito certo. Ninguém sabia o nome desse Paulinho. Era só um dos que cantava no Roupa Nova. A maioria das músicas deles eram compostas por outros. Eu fui num show da firma com eles e o baixista ficava fazendo discurso elogiando os caras da banda, e olha que eram seis! Antes de cada apresentação ele falava: - Dá um tempinho pra mim, fazendo aquele gesto de "tenho um pau pequeno " com o polegar e o indicador!!

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  7. Vai achando que essa "elite" - que SEMPRE estiveram por trás do genocídio Vaticano - é "boazinha".

    Que quer o MELHOR para voce!!!

    Acho que deverias PESQUISAR sobre o "clube dos sapatos vermelhos".

    Se PUDERES é ÓBVIO.

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