Com algum atraso em relação ao resto da humanidade, terminei ontem "O Gambito da Rainha". Não comecei antes porque estava vendo outras trocentas séries ao mesmo tempo. Preferi terminar todas e aí me dedicar exclusivamente, como Beth Harmon faz com o jogo de xadrez. Gostei, mas esse gambito não traz nada de novo, na forma ou no conteúdo. Foi como reencontrar uma antiga sobremesa favorita. É tudo impecável, do roteiro com todos os "beats" nos lugares certos à minuciosa direção de arte (um ponto alto: o hotel Azteca Palace, baseado no Gran Hotel de Ciudad de Mexico). Sem falar nos atores, é claro: Anya Taylor-Joy se firma como uma das estrelas de sua geração. Só que, para desfrutar dessa torta em formato de minissérie, é preciso dar um belo de um desconto. Nem nos dias de hoje existe uma superstar feminina do xadrez, quanto mais nos anos 60. Também soa falso o apoio que os muitos homens derrotados e desprezados por Beth se juntem para ajudá-la em seu maior desafio, o embate final com o russo Borgov (e a cena ainda permite a leitura de que uma mulher precisa de auxílio masculino para brilhar). Ainda tem a relação dela com os remédios e o álcool, resolvida só na força de vontade, sem uma única visitinha ao AA ou similar. Nada disso diminui o entretenimento proporcionado por "O Gambito da Rainha" - pena que também não ajude o programa a entrar para a lista dos melhores do ano.
Judith Polgar é uma superstar do xadrez, suas irmãs também são famosas no meio.
ResponderExcluirAssisti fascinada, achando a melhor série, melhor história de todos os tempos.
ResponderExcluirAté ficar sabendo que não é uma história real 😒 o encanto caiu todo por terra
prefiro assistir velozes e furiosos XVI do que isso, eu acho
ResponderExcluirExatamente isso 👏🏽👏🏽👏🏽
ResponderExcluirQuando assisti “A bruxa” ví que essa atriz teria futuro.
ResponderExcluirEu tb acabei de assistir ontem e amei!!!! Um show de fashion e papeis de parede!!!
ResponderExcluirIh dessa vez discordo.
ResponderExcluir“É tudo impecável “ mas “foi como reencontrar uma antiga sobremesa favorita”? Gente, reencontrar uma sobremesa favorita é algo dos deuses!
“Para desfrutar é preciso dar um belo desconto”. Ok. Desconto pelo que?
- Pelo fato de dificilmente nos anos 60 uma mulher estrela do xadrez com aquele sucesso? Faltou “realidade” no entretenimento impecável?
- Por muitos homens derrotados a apoiando? Hummmm.
- Por não fazer alusão a AA (nos anos 60!!) nos problemas relacionados ao Alcool e similar??? Imagine procurar psicólogo/psiquiatra nessa época com todo o tabu de então (já que vc fala em realidade), né?
Tony criatura linda! Vc mesmo disse “entretenimento”, “impecável” etc. Será realmente necessário esse “desconto” e por ESSES motivos (não é realista, ih não é sensível pois nem falou no AA etc)? Entendo, mas não poderia discordar mais
PS: escrevi tudo isso SEM assistir o Gambito (ainda). cá estou discordando; não tanto da opinião em si, não tanto de vc não achar a série uma Brastemp, mas dos argumentos usados. Ousada eu, né? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk