terça-feira, 12 de maio de 2020

EU QUERO UMA PARA VIVER

O núcleo duro dos apoiadores do Edaír já estava com ele antes do então candidato encampar as bandeiras da Lava-Jato. É um gado que não está muito aí para a corrupção: os verdadeiros inimigos do Brasil são os abortistas, os gayzistas e os comunistas. Foi para essa galera que Pandemito prometeu ontem enviar ao Congresso um projeto de lei proibindo a ideologia de gênero em todo o país. Ideologia, aliás, que não existe: são só os reacionários que usam esse termo, e não quem defende que o gênero é uma construção social. Uma lei dessas tem pouca chance de não ser tida como inconstitucional pelo Supremo, que acabou de barrar uma legislação semelhante em uma cidade de Goiás. Coronaro sabe disso, mas o que importa é parecer que ele se bate pela chamada pauta de costumes. E distrair a atenção do vídeo da famigerada reunião ministerial, onde ele vocifera com todas as letras (e palavrões) que quer trocar o comando da PF para proteger a familícia.

5 comentários:

  1. Impeachment em 3, 2, 1...

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  2. O escreverei não é novidade, mas vamos lá. Bolsonaro não é simplesmente burro, irresponsável, teimoso, desumano e covarde (ainda que seja essas 5 coisas). Ele tem uma estratégia política, a mesma que o fez ganhar as eleições e a mesma que mantém visando a reeleição. Detalhe: ele mantém essa postura em meio a uma pandemia e uma crise de saúde pública e econômica sem precedentes em 100 anos. E qual a estratégia? Conforme os meses passavam, ele viu que ser presidente é bem diferente e mais difícil do que ser deputado do baixo clero por 28 anos. Presidente tem que trabalhar muito, estudar os planos propostos pelos ministros, ler e analisar antes de assinar, estabelecer um canal de diálogo com a sociedade(incluindo quem não votou nele), com o Congresso(incluindo oposição) e ASSUMIR RESPONSABILIDADES pelas escolhas tomadas.

    Ele nunca foi esse tipo de político e assim seguiu na presidência. Os meses passavam com pequenas crises, o Congresso não o obedecia cegamente, a mídia criticava e a oposição fazia oposição. Oh que absurdo, não é mesmo? Ainda mais pra alguém que fez oposição ferrenha a Dilma. E veio a pandemia, a gripezinha, o “não chegaremos a mil mortos”, a economia não pode parar etc. Trump, por um bom tempo, teve um discurso igual. Porém, apoiado na ciência e nos dados, mudou da água pro vinho. Bolsonaro continuou igual. Por burrice? Não, por escolha política.

    Desde um 1º momento vários governadores se posicionaram a favor do máximo distanciamento social possível, entre eles, Dória e Witzel. Rapidamente se descoloram do governo, também visando as próximas eleições presidências. O que fazer então?

    Ser responsável e voltar atrás? Mesmo com diferenças, montar um comando nacional de crise e através do Ministério da Saúde dar apoio a todos os governadores para que o país possa atravessar essa crise com menos mortos e para que a economia possa ser aberta assim que possível? Não.
    Sua estratégia, bem sucedida antes, foi: negar os fatos,a ciência e a experiência dos outros países; manter a postura de que é o único preocupado com a economia e com o povo; esbravejar que os governadores só criam histeria por motivos políticos(acuse-os daquilo que vc faz); não assumir responsabilidades, culpar a mídia, congresso e oposição; falar do PT, dos comunistas(Moro tb faz parte dessa lista),do gayzismo e de tudo que “ameaça” a família brasileira. Sair pro “meio do povo”, tirar selfie em meio a gente em transe q grita “mito”. Funcionou antes.
    Ele perdeu popularidade, os “Moristas” abandonam o barco; porém com essa estratégia mantém aquele, mais ou menos, 30% de apoio cego dos mais fanáticos.

    É pra essa turma que ele joga, pois está convencido que esse grupo o levará para o 2º turno na próxima eleição. O que fazer?

    Difícil dizer. Esperar q futuros escândalos diminua a fé desses 30%?Não é impossível, mas é improvável. Renúncia ou impeachment? Difícil,mas não impossível. Ajudaria a união das forças políticas, esquerda, direita e centro, no 2º turno ou antes. Coisa tb difícil, mas não impossível.

    E ATTENTI q a narrativa seguirá. A medida q o pico do covid passe e as mortes comecem a diminuir, os problemas econômicos aumentarão, no BR e no mundo. E mais uma vez ele dirá: não tenho culpa, eu avisei, a culpa é da mídia, governadores, oposição, China, OMS, comunistas etc.

    Enfim,

    “Eu vejo o futuro repetir o passado
    Eu vejo um museu de grandes novidades
    O tempo não para
    Não para não, não para”

    Porém,

    ”Todos os dias
    Antes de dormir
    Lembro e esqueço
    Como foi o dia
    Sempre em frente
    Não temos tempo a perder”


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  3. O Mio Babbino Caro
    ...isso não é nada. Você merece. Você merece diria um outro poeta. Mas que paiszinho. Esqueci, não é País é uma fazenda desorganizada. O Presidente...Olha que 5 milhoes em cartões corporativo é dinheiro. É nada, você que sempre teve pouco. Eu quero a
    água da casa do Caetano e nada mais!
    Uma coisa assim muito Gay

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  4. É o tal vídeo, as investigações contra a família (Flavinho acaba de tentar acabar com a investigação mais uma vez, e falhou de novo), o tal resultado do exame de covid, a perda de apoio popular, o genocídio cuja responsabilidade histórica é dele etc etc Amo imaginar que ele esteja paralisado de terror (e incompetência) diante disso tudo, e torço para que isso talvez o faça pensar melhor antes de se recandidatar. Não custa nada sonhar com isso, ou pelo menos com um AVC.

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