domingo, 31 de maio de 2020

CHEIA DE ENCANTOS MIL

Todas as noites eu fujo do Brasil do Bozo e da pandemia, e volto 100 anos atrás. Volto para o Rio de Janeiro da década de 1920, que salta das páginas de "Metróple à Beira-Mar". O livro de Ruy Castro é um mosaico das personalidades que transformaram a antiga capital do país na Cidade Maravilhosa, em todos os sentidos. Quase todos esses nomes são de figuras ligadas à cultura: o autor perde pouco tempo com os políticos, que só aparecem para serem criticados. Em compensação, o povo das artes plásticas, da literatura, da música, da imprensa e arredores, todos eles merecem minibiografias que se entrelaçam e resplandecem. Foi a época em que o Rio tomou a forma com que o conhecemos hoje: se espalhou pelas praias até então desertas de Copacabana e Ipanema, subiu os morros e criou o samba, depurou a carioquice que já se formava no final do Império. Ruy Castro não esconde seu crush por Eugenia Alvaro Moreyra, jornalista, escritora, atriz e glamour girl, e dá um jeito de sua protegida dar as caras em diversos capítulos. Mas o resto do elenco não fica atrás: Villa-Lobos, Noel Rosa, Carmen Miranda, as revistas Fon-fon e O Malho, o maxixe, o carnaval. Viveremos novamente uma época de tamanha efervescência? Quem sabe? "Metrópole à Beira-Mar" começa em 1919, com a cidade exausta pela gripe espanhola e doida para enlouquecer e beijar na boca. A história parece se repetir.

8 comentários:

  1. Excelente dica de livro!Engraçado que o marido da Eugenia Alvaro Moreyra se chamava justamente Alvaro KKK foram pais de Sandro Moreyra,bastante citado pelo mesmo Ruy Castro no livro "Garrincha Estrela Solitária" um dos melhores amigos do Mané e um dos poucos a conhecê-lo na intimidade em Pau Grande kkkk e o pau do Garrincha era grande mesmo,o Ruy diz no livro que ele tinha 25 cm,as filhas do Garrincha o processaram por isso,tbm por queriam ganhar uma grana,o Garrincha nao deixou nada,perdeu tudo na cachaça,a Elza Soares que o amava e até o sustentava financeiramente o abandonou por causa disso.E uma história interessante a respeito da Eugenia foi quando ela se internou no Asilo Bom Pastor,um internato para meninas para entrevistar uma guria internada lá que era irmã de uma vítima de um crime famoso da década de 10 no Rio,a tragédia da rua Dr Januzzi 13,não sei se o Ruy menciona essa história no livro,mas irei lê-lo,sou fã dele,já li "O Anjo Pornográfico","Garrincha Estrela Solitária " e "Carmen"

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    1. Quando se casou com Alvaro Moreyra, Eugenia adotou não só o sobrenome dele, como o prenome também. Uma atitude curiosa para uma mulher que foi bastante à frente de seu tempo.

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  2. A história começa em 1919, certo? teve um pequeno erro e saiu 2019!

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  3. Tava vendo hoje na Record que Anitta brigou com Preta Gil, Léo Dias, etc.. por causa de quê exatamente não sei...

    Aí vou ver o show do David Getta e quem aparece lá logo depois do Alok??

    https://youtu.be/L-qnVT36868

    @1h20m

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    1. Uma das tomadas mais legais de drones que já vi até hoje! Começa seguindo a fumaça da chaminé e depois desce DE BOCA - com fome, com raiva, com sede - na piroca gigantesca maçônica BRANCA DA CABEÇA PRETA!!!

      https://youtu.be/e7aM8kC-pzk

      Aiiíííínnnnnn assim minha mandíbula de enrustido no down-low quebra!

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    2. Esqueci de falar o time stamp: 22min, mas repete, e repete e REPETE set afora!

      Kölshch sua safadinhaaaaaaa!!!

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  4. Ai como vcs estao todas alopradas! Ah ta que o rio vai se transformar num fervo .... sim o fervo todo vai comecar nas igrejas evanjas da av. brasil e terminar na fonte da saudade!

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