Das duas, uma: ou o homem invisível existe mesmo, ou é tudo invenção da cabeça de sua viúva. Não há outra saída. Esta é a cilada em que caíram os produtores do novo "O Homem Invisível", depois de dar um interessante twist da era #MeToo ao clássico personagem. Agora a protagonista é uma mulher que foge de uma relação abusiva com um cientista milionário. Aí ele se mata (oi?) e deixa uma fortuna para ela (oioioi?). Nada faz muito sentido, e então piora. Talvez por isto eu não tenha me divertido como esperava: fiquei buscando nexo numa trama que é só pretexto para alguns sustos. No final, o roteiro escolhe mesmo uma das duas opções disponíveis, mas ainda tenta uma reviravolta para não deixar tudo tão óbvio. A falta de noção só não é absoluta por que, acima da bobajada toda, paira o talento de Elisabeth Moss. A atriz de "O Conto da Aia" consegue transmitir duas ou três emoções ao mesmo tempo, num trabalho muito mais sofisticado do que esse tipo de filme costuma exigir. Ela tem um Oscar em seu futuro, mas será por algo mais elaborado do que este suspense mediano.
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