segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

O QUE A JAPONESA FAZ NO BRASIL

"Tormenta" não traz nenhuma grande revelação. Quem acompanhou com atenção o noticiário em 2019 já sabia de quase tudo que está no livro de Thaís Oyama. O despreparo do Biroliro, sua tibieza de caráter, os rompantes e os recuos, nada disso é novidade. Mas a ex-redadora-chefe da Veja consegue uma façanha e tanto: condensa, em menos de 250 páginas, a montanha-russa que foi o primeiro ano deste desgoverno. Um tipo de livro bastante comum nos Estados Unidos, mas ainda raro por aqui. É um resumão muito bem informado, recheado de detalhes saborosos dos bastidores, todos confirmados por mais de uma fonte. E é muito bem escrito: a linguagem é fluida, com objetividade jornalística, clareza e leveza até onde foi possível. Devorei "Tormenta" em dois dias, e quero mais. Porque assunto não vai faltar. A tragédia bostonazista continua, e seria ótimo se Thaís Oyama publicasse um novo volume ao final de cada ano. Ela, que é tão neta de imigrantes quanto o Mijair, foi chamada por ele de "essa japonesa que eu não sei o que faz no Brasil" - mais uma ofensa de um governante pródigo em ofensas e pobre em realizações.

4 comentários:

  1. Desejo a japonesa sorte nas vendas, mas Deus me livre de ler algo sobre ele. Já não leio quase nada de notícias sobre o dito cujo.



    Só espero que os anos passem rápido para a eleição do próximo patife, que espero que seja menos histrionico que está direita chucra +extrema direita e centro direita chucra que está no poder

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  2. Lembrando que livro nos EUA tem em torno de 200 páginas mesmo. Inclusive os acadêmicos. É uma forma mais concisa de escrita, mas rica em detalhes e fontes. Não tem aquele "Logo, podemos dizer que" ou "Dessa forma...". Eliminando tudo isso, você consegue reduzir bem o tamanho do texto, além de deixá-lo mais agradável.

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    1. Queridão, faço doutorado nos EUA. Fiz mestrado antes. É assim. Beijos.

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