sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

O PARASITA DA CASA BRANCA

Donald Trump já disse muita bobagem, mas poucas foram tão ridículas quanto suas críticas à vitória de "Parasita" no Oscar. Claro que ele nem viu o filme: como tuitou a distribuidora Neon, o Bebê Laranja não sabe ler. O presidente está revoltado com o fato de um filme sul-coreano ter vencido o prêmio de melhor filme, como se isto fosse uma ameaça à soberania nacional dos Estados Unidos. Patacoadas à parte, o subtexto da diatribe é claro: "somos racistas, não gostamos de gente amarela, o domínio cultural americano tem que ser mantido a qualquer custo, quem lê legenda é viado". Sim, ele quis dizer tudo isto. Eu sei ler. De resto, o verdadeiro mistério não é como "Parasita" ganhou o Oscar, mas como um parasita  ganhou a Casa Branca.

10 comentários:

  1. Mas uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa....nenhuma relação. Eu, hein....

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  2. Pq, infelizmente, assim como aqui, existe uma significativa parcela da população americana que é tão escrota como ele.

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  3. Acabei de ver A VIDA INVISIVEL, fotografia bonita,bons atores...porém BACURAU era melhor...bem mais original!

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  4. É tão patético qto o Rui Falcão, Randolfe Rodrigues na CPI das fake news. Não viu? Tem no utube. Faz um post.

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  5. The plot thickens, acabei de ver hunters, e a conspiração patética Sérgio Moro que nos deu a Amazônia queimada pra imbecil ganhar dinheiro é muito parecida com a conspiração do filme. Será que ele foi recrutado por espiões ingleses já que ele ama tanto o estuprador do Churchill?

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  6. O Oscar seria tradicionalmente um prêmio americano para filmes americanos, lógica simples. A crítica seria a mesma se uma não-americana vencesse o Miss USA. Em tempos de nacionalismo, Trump marca ponto, e a Academia fica com a pencha de globalista. O homem laranja, admitamos, conhece seu eleitorado e não dá ponto sem nó.

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    1. corrigindo: pecha

      pencha é outra cousa...

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    2. Acontece que o Oscar não tem regra nenhuma proibindo filmes estrangeiros de serem indicados a melhor filme. Antigamente era raro isso acontecer, mas se tornou mais frequente desde que o italiano "O Carteiro e o Poeta" concorreu a melhor filme em 1995. Era questão de tempo que isto acontecesse.

      Trump marca ponto entre a galera deplorável que ainda acha graça nele. Só.

      E a Academia está fazendo o maior esforço para se tornar global ("globalista" é um termo que só energúmenos feito você usam). Estão convidando profissionais de cinema do mundo inteiro a se filiarem. O objetivo é tornar o Oscar o prêmio mais importante do mundo, não só dos EUA. Os resultados começam a aparecer.



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    3. Queridão, a história dos Estados Unidos da América é mercada por estrangeiros que vêm até este país em razão do seu talento. Einstein, dentre vários outros, acharam seu espaço aqui. Logo, não tem essa de "prêmio americano para americanos." Essa visão deturpada de EUA como a terra do Mickey é espantosa. Brasileiro tem que tirar isso do seu imaginário.

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