Não li o livro de Maria Semple que deu origem ao filme "Cadê Você, Bernadette", mas aposto que é bem divertido. Seu tipo de protagonista excêntrica, cheia de problemas mas também encantos, costuma ser muito sedutora na página. Na tela é outra coisa. Custo a crer que a quarentona Bernadette, que abandonou a carreira de arquiteta por causa de um trauma profissional e hoje é uma sociopata entupida de remédios tarja preta, seja tão cativante como Cate Blanchett. Isto não quer dizer que o longa de Richard Linklater seja ruim. O diretor, que já fez obras-primas como "Boyhood" e a trilogia "Antes de...", comete uma comédia semi-fofa, que até tenta nos levar a lugares inesperados. No caso, a Antártica, para onde Bernadette foge depois de perceber que suas loucurinhas quase puseram sua família em perigo. Mas não há propriamente tensão: todos se amam tanto que ninguém dúvida do inevitável final feliz. Já os black label que eu conheço na vida real são um pouquinho mais complicados, sem o carinho ou dinheiro que rodeiam Bernadette.
Só não entendi a menção a 'black label' no texto. Essa expressão é usada em inglês para indicar uma linha especial (alta qualidade) de produtos. Você estava tentando fazer uma associação com tarja preta??
ResponderExcluirSim.
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