Dos anos 70, um grande tema permeia todo o cinema americano: a busca pelo pai. Nenhuma outra cinematografia do planeta é tão obcecada pela figura paterna. Pais já foram procurados na selva, no deserto e no espaço sideral. "Ad Astra" nem é o primeiro filme a lançar seu protagonista semi-órfão rumo às estrelas ("Interesetelar" fez isso antes). Na verdade, o novo trabalho do diretor James Gray não se preocupa em ser muito original: é meio uma mistura de "2001 - Uma Odisseia no Espaço" com "Apocalypse Now" e até "Édipo-Rei", a peça grega. O roteiro já parte de uma premissa forçada: "tem um maluco em Netuno provocando descargas elétricas que podem destruir o sistema solar. Achamos que você, o filho que ele não vê há mais de 30 anos, é a pessoa mais indicada para resgatá-lo, apesar do seu óbvio envolvimento emocional". E lá se vai Brad Pitt numa das viagens interplanetárias mais tumultuadas de todos os tempos, com escalas na Lua e em Marte. O coitado tem que enfrentar um tiroteio vindo de soldados inimigos, um ataque de babuínos e o aluguel de um cobertor e um travesseiro por 125 dólares. Essas cenas de ação e humor têm, como contrapartida, muita locução em off e o olhar perdido de Pitt contemplando o infinito. Conheço gente que saiu de "Ad Astra" sentindo uma perfeita comunhão entre o ser e o universo. Eu preferi voltar logo para a Terra.
Foi só eu atrasar a mensalidade que o Tony já entrou no modo um post por dia? Francamente...
ResponderExcluir;)
Pronto, pronto, engole esse choro, já tem post novo.
ExcluirE vê se paga logo esse boleto.
Uhm. Esse vai ficar para ser visto em algum sábado de neve em que eu sozinho e sem ter o que fazer.
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