Ontem foi ao ar no Brasil o último episódio de "Years and Years", a melhor minissérie do ano até agora - sim, melhor até mesmo do que "Chernobyl". A coprodução entre a HBO e a BBC vem sendo comparada a "Black Mirror", porque ambas imaginam como os gadgets tecnológicos e as convulsões políticas que ainda estão por vir afetarão as nossas vidas. Mas "Years and Years" tem uma vantagem: essas novidades incidem sobre uma mesma família, os Lyons. É verdade que eles são um pouco diversos demais. Tem branco, negro, oriental, gay, cadeirante e idoso, além de um garoto não-binário e uma adolescente que quer fazer o download de sua mente em um computador. Eu fiz uma crítica do primeiro episódio para a Folha, e me regozijo de perceber que não errei: o programa é até melhor do que eu pensava. Mas o futuro próximo mostrado em "Years and Years" é apavorante. Trump é reeleito, depois é sucedido por Pence, os EUA atacam a China, a Ucrânia vira um estado policial e líderes populistas sobem ao poder no mundo inteiro. No Reino Unido, é a simpaticamente assustadora Vivian Rook, uma empresária que conquista fãs porque fala barbaridades e não tem a mais puta ideia do que seja governar um país. Ela é até moderada perto do nosso Biroliro, mas está longe de ser a única vilã da série. O maior de todos, na verdade, somos nós mesmos. Como diz a vovó dos Lyons no último capítulo, "vocês são os culpados do que está acontecendo".
EXCELENTE
ResponderExcluirBartolome Mitre y Alvear
Série espetacular!
ResponderExcluirFalta só um episódio pra eu terminar e gostei muito.
ResponderExcluirChernobyl tive preguiça de assistir.