"Rafiki" quer dizer amigo em swahili, uma das línguas mais faladas no leste da África. É o nome do mandril de "O Rei Leão", aquele macaco que ergue o Simba recém-nascido para apresentá-lo aos outros animais (uma cena muito comum na natureza, rs). Também é o título do primeiro filme do Quênia a estrear comercialmente no Brasil. Mas as duas protagonistas são mais do que amigas: são namoradas, em um país onde a homossexualidade é punida com até 14 anos de cadeia. Kena é uma "tomboy" que joga futebol com os garotos, e Ziki faz a linha gatinha, toda trabalhada nos dreads coloridos. Os pais delas são rivais políticos: estão disputando a mesma vaga de vereador. Para piorar, as duas não são muito discretas, e logo todo o bairro fica sabendo que elas colam velcro. Em termos dramáticos, o filme da diretora Wanuri Kahiu é quase simplório. Mas as cores vivas e a música vibrante mostram que estamos na África, que pode ser muito atraente na superfície e bastante atrasada nos costumes. Não acho que "Rafiki" mereça todos os prêmios que recebeu, mas vale pela viagem.
Um filme sobre lésbicas negras em cartaz no Brasil?
ResponderExcluirSucesso garantido!!! 🤣🤣🤣
Claro que não vai ser um blockbuster. Mas, numa quinta-feira, a sala estava bem cheia.
Excluir14:30 Se fosse exibido em Itaquera ou no Capão, talvez.
ExcluirG-