O enredo de "Assunto de Família" é encantador. Um bando de marginalizados pela rica sociedade japonesa caba se juntando pelas curvas da vida, e forma uma família perfeitamente funcional. Há a senhora idosa, cuja aposentadoria é a principal fonte de renda do grupo: ela prefere compartilhar a grana com todos, para não ter que viver (e morrer) sozinha. Há a neta da velha, que trabalha em um peep show; uma proletária que comete pequenos furtos em seu trabalho; e um ladrão semi-profissional, que treina duas crianças para roubar supermercados. É uma história que poderia ser adaptada para quase qualquer país do mundo, e funcionaria muito bem no Brasil. Mas eu não gosto da direção de Hirokazu Kore-eda. Acho seu estilo minimalista demais, quase frio, e o não-uso da música não deixou que eu me emocionasse como esperava. Claro que esta é uma opinião pessoal minha: "Assuntos de Família" levou a Palma de Ouro em Cannes no ano passado e está entre os nove pré-finalistas do Oscar. Mas a mensagem final não podia ser mais linda: família de verdade é aquela que a gente escolhe. Nem que para isto seja preciso roubar.
O Mio Babbino Caro
ResponderExcluir"Quem é minha Mãe e quem são meus Irmãos... Aqui estão minha Mãe e meus Irmãos"
Mc3
Conheço muito decasségui que fala para todos os lados que esse tipo de família/situação não existe no Japão, só no Brasil.
ResponderExcluirNão existe mesmo. O filme é uma obra de ficção.
ExcluirUm certo dejavu ... feios, sujos e malvados
ResponderExcluirLi só o título e por um instante achei que o tema do post fosse sobre o governo brasileiro
ResponderExcluirMas quem diz que não poderia ser!
ResponderExcluirÉ um filme infinitamente melhor que "Roma".
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