quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

ROLÊ GRANDE

Que me perdoem os campograndenses, mas a vossa cidade não é pródiga em atrações turísticas. Aquele que seria o cartão postal da capital do Mato Grosso do Sul já está virando ruína sem ter ficado pronto: o Aquário do Pantanal, no meio do Parque das Nações Indígenas. É um exemplo concreto do descalabro na administração pública brasileira, onde autoridades e empreiteiras fizeram a farra, torraram milhões de dinheiro público e quase nada foi feito. Até os peixes que seriam expostos já morreram. E assim Campo Grande não tem muito o que oferecer ao turista. O Parque é até bastante limpo e bonito, habitado por quatis e capivaras. E dentro ainda tem o Museu das Culturas, que tem ótimas coleções de arte indígena e de história natural. Pena que a arquitetura arrojada das mostras não seja acompanhada por um design de luz decente. De lá fomos caminhar no centro antigo, que me surpreendeu pelo ar de cidade do interior (para não dizer faroeste). Afinal, Campo Grande já é capital de estado há mais de 40 anos, mas ainda é muito pouco densa. Um arranha-céu de luxo pode estar ao lado de um terreno baldio. Ainda visitamos a Morada dos Baïs, a mansão de 1915 que pertenceu à família fundadora da cidade. Ela serviu de casa para a pintora e escritora Lydia Baïs, uma espécie d Frida Kahlo brasileira que gostava de pintar a si mesma em quadros da Última Ceia. A casa é uma unidade do Sesc e deve ser uma das primeiras vítimas do corte que Paulo Guedes quer fazer no Sistema S.

O melhor de Campo Grande é mesmo seu povo, que adora comer fora. Ontem fomos encarar o sobá obrigatório na Feira Central, socada de gente na noite quente de quarta-feira. Hoje visitamos o Gastrota, que se autotintula "O Parque dos Chefs" mas é uma grande praça de alimentação a céu aberto, sem nada mais elaborado do que poke havaiano. E por falar em culinária, o que dizer dos salgadões típicos daqui, maiores do que o campo que deu nome à cidade? Só aguentei metade de um tal de cigarrete, um croquetão de presunto e catupiry.

9 comentários:

  1. Ahh vc ta de brincadeira ne? A única coisa que brazuca gosta é de shopping center!!!! Isso é a maior atração turística, que museus que nada!!! Neanh!!! So shopping center basta!
    E agora a moda é ir no culto e depois ir dar um rolezinho!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fale apenas por vc sua louca desvairada e descerebrada!, sou brasileiro e sou rato de museu!

      Excluir
    2. 11:55 com toda certeza vc é um rato, vc quem diz ! Não venha com onda e vai no culto!

      Excluir
  2. Deu até vontade de visitar. S Q N

    ResponderExcluir
  3. Tony, o que vc ainda está fazendo aí, perdendo a estreia épica de "Bandersnatch"? Volta para a luz e seja o primeiro a escrever o review djá!

    ResponderExcluir
  4. Na minha época dava para tirar selfie com aqueles orelhões (ainda existe isso?) em formato de arara, jacaré e afins!!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Selfie não chamava selfie nessa época, era "auto-retrato", que agora se escreve autorretrato. Ai... Tô ficando velho e ultrapassado.

      Excluir
  5. Cigarrete é muito famoso aqui na minha cidade, no Sul de Minas. É talvez o meu salgado favorito, competindo pau a pau com a coxinha.

    ResponderExcluir
  6. É uma pena o que aconteceu com o Aquário do Pantanal. Se fosse bem administrado poderia se tornar um dos principais pontos turísticos do país.

    ResponderExcluir