Dois filmes inscritos por seus países na disputa do Oscar estrearam em São Paulo no último fim de semana do ano. Um deles está entre os nove pré-finalistas: o dinamarquês "Culpa", o thriller mais barato da história do cinema. É só um policial atendendo a chamadas de emergência, mais nada. Mas o que ele ouve e diz é o bastante para pregar o espectador na cadeira durante uma hora e meia. As surpresas do roteiro não seriam nada se não fosse por Jakob Cedergren, praticamente o único ator em cena (os demais aparecem ao fundo, ou só a voz pelo telefone). Uma ideia bem original, que também funcionaria como um monólogo no teatro.
Já o israelense "O Confeiteiro" não entrou para o shortlist, mas merece ser visto. É uma história de luto e tolerância. Um executivo de Israel, que vai muito a Berlim a trabalho, engata um caso com o dono de uma confeitaria local. Só que ele tem mulher e filhos em Jerusalém... E aí ele morre num acidente, fazendo com que seu namorado vá procurar sua viúva. Há a coincidência meio forçada dela também ser dona de um café, onde ele se emprega sem contar quem é realmente. E aí, seus bolos começam a fazer sucesso apesar de não serem kosher, mas este nem é o conflito principal. Um lindo filme, cuja massa não desanda nem com uma patinada lá pelo meio.
Quero muito ver esse dinamarques, mas bem original a ideia não é. Lembro de 2 parecidos: Locke com o Tom Hardy dirigindo ao telefone e Enterrado, com o Ryan Reynolds dentro de um caixão ao telefone com seus sequestradores. Bem possível ter outros.
ResponderExcluirHá um parentesco óbvio com "Locke" (eu até comentei com meu marido na saída do cinema). O outro filme eu não vi. Mas nada disso desmerece "Culpa".
ExcluirQuerido, vou passar 5 dias na Pauliceia. Filmes! Você poderia me indicar coisa fundamentais que esteja pela cidade agora, para quem vive isolado, com pouco cinema em São João del Rey? Obrigado
ResponderExcluirEsses dois aí acima são bem bons, e duvido que cheguem a São João del Rey. Também ainda está em cartaz o magnífico "O Beijo no Asfalto" do Murilo Benício, o melhor filme brasileiro do ano. E se você for gay, vá ver "Conquistar, Amar e Viver Intensamente".
ResponderExcluirMaravilha querido, bom ano.
ExcluirAlgum filme israelense gay onde alguém do casal NÃO morre?
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