sábado, 8 de setembro de 2018

WE DON'T NEED NO EDUCATION

Ofuscada por chamas e facadas, tem uma discussão rolando no Supremo que merecia maior atenção. Anteontem, o relator do caso, o juiz Luís Roberto Barroso votou pela constitucionalidade do chamado "homeschooling". De fato, não há nada na Constituição que proíba explicitamente que os pais tirem um filho da escola para educá-lo em casa. Este assunto mal existia em 1988, quando a lei foi escrita, mas vem crescendo de importância. A moda começou entre fundamentalistas religiosos dos Estados Unidos, e chegou até aqui. Temendo que os filhos sejam contaminados pelo mundo secular - ou seja, expostos ao evolucionismo e à igualdade de direitos - esses malucos privam-nos do convívio com outras crianças, impedindo-os de fazer amigos e de se preparar para as relações da vida adulta. No limite, podem estar criando malucos ainda mais perigosos. Mas como reagir ao avanço dessa barbaridade? A lei não sobrepõe os interesses da criança aos direitos dos pais? Vamos ver como vota o resto do STF.

9 comentários:

  1. Além da questão religiosa, há agora a histeria em relação a uma suposta doutrinação política, que os livros de histórias são escritos por esquerdistas, pagos pelo George Soros, etc etc.

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    1. Isso mesmo, para esses fundamentalistas foi o PT que escreveu os livros de história distribuídos pelo MEC, então nunca existiu ditadura, guerra fria. primeira e segunda guerra mundial, impérios, navegações, colônias, escravos, Egito antigo, ou seja, tudo que tinha no Museu Nacional foi inventado pelo PT, Soros, esquerda mundial, marxismo cultural, etc.
      Nick

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  2. Gente. Até hoje eu lembro dos inputs dos meus profs de história e geografia da 5ª e 6ª série. É um conteúdo que não é (era) cobrado do vestibulandos ao final do ensino médio e não era revisado (ao menos na minha escola) dos alunos no final do ensino médio. Até hoje eu dou graças a Deus por ter estudado essa parte da antiguidade histórica com eles.

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  3. Home schooling pode ser pervertido e usado para fins religiosos ou obscurantistas como você sugere. Mas em países civilizados é usado também por pais que preferem, por exemplo, dar aos filhos uma educação mais humanística do que a que teriam na escola. Conheço ex-hippies (hoje capitalistas bem sucedidos kkkkk) que preferiram educar seus filhos assim na Inglaterra. É super controlado, mas aparentemente funciona. Ou pelo menos as crianças não se saem pior do que em uma escola mediana. Mas claro que aqui no Brasil dá até medo de pensar: país civilizadíssimo como esse, e com aquele grau de alfabetização que só nós atingimos, provavelmente bastará invocar a tal "liberdade religiosa" para poder trancar as crianças no porão e fazê-las comer bíblia.

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  4. Na biografia de Danuza Leão, ela diz que concluiu os estudos em casa... Me lembro disso ter me chamado a atenção quando li.

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  5. Você trata o tema de forma tão rasa que sequer merece ser confrontado. Informe-se melhor antes de emitir opiniões sobre assuntos que desconhece.

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    1. Aposto que é a mesma pessoa que vinha todo contente ao blog do Tony na época do impedimento!

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  6. Como que pais formados em humanas vão ensinar física, química e matemática aos filhos? Como pais formados em exatas ou biomédicas vão ensinar humanas à prole?

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  7. Nos números estatísticas e avaliações um aluno numa escola regular e outro ensinado em casa podem ter o mesmo desempenho. Porém, ao contrário do que muita gente acha, escola não serve só para ensinar conteúdo que cai no vestibular. E nesse aspecto o ensino em casa perde feio, pois a escola regular é um reflexo da sociedade. Até o bulling existebte messas escolas é uma espécie de aprendizado. Quem aprende a lidar com bullying na escola, sabe lidar com o bullying na vida adulta.

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