domingo, 30 de setembro de 2018

A SAPOTI

Quando eu nasci, Ângela Maria já havia passado do auge. Era até considerada o supra-sumo da cafonice em alguns círculos - e suas interpretacões de "Babalú" ou "Vida de Bailarina" reforçavam essa fama. Mas aí, talvez por influência da Tropicália, uma coisa curiosa aconteceu. Ângela Maria aos poucos foi recolocada no trono da maior cantora do Brasil, recebendo homenagens de todos os lados. Elis Regina e Cesária Évora diziam que a Sapoti havia sido a maior influência delas (e ambas morreram antes da musa, olha só que ironia). Consegui ver dois shows dela, sempre ao lado de Cauby Peixoto. No primeiro, em 1989, os dois ainda tinham pleno domínio de seus talentos. No último, em 2013, Cauby não andava mais, mas a voz permanecia intacta - e com Ângela acontecia o contrário. Masmo assim, era sensacional vê-los em ação, juntos ou separados. Ângela Maria teve a sorte de não morrer esquecida, muito pelo contrário. Trabalhou até onde deu e brilhou por mais de 70 anos. Estava na hora das gueis novinhas a descobrirem.

4 comentários:

  1. Chorei chorei chorei...era de Cauby. Mas , no domingo, foi por Angela.

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  2. O Mio Babbino Caro
    ...e bem no momento que eu estava me lambuzando com "Ângela Maria e as canções de Roberto e Erasmo" Biscoito Fino.
    R.I.P.

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  3. Uma das maiores Cantoras da música popular Brasileira, humana e excepcional, faltam-me palavras para homenagear esta Grande Cantora, uma perda lastimável , enfim é a vida.

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  4. "Estava na hora das gueis novinhas a descobrirem." Só as guei 9vinha? E os het 9vinhos?? Kkkk

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