Está em andamento a sessão no Senado argentino que irá votar a lei que descriminaliza o aborto no país, já aprovada pela Câmara de Deputados. Nada menos do que 60 dos 72 senadores irão discursar; a votação em si deve entrar pela madrugada. Infelizmente, a tendência neste momento é de uma derrota apertada para o lado pró-escolha. Mas o debate vai continuar, e não duvido nada que essa lei volte à baila no ano que vem. O importante é que já um houve um "reframing": a discussão não deve ser sobre a existência ou não do aborto, mas se ele deve ser clandestino e perigoso ou legalizado e seguro. A sociedade de lá mudou a ponto que até já é possível fazer piada sobre o assunto. Como este vídeo produzido pela comediante Malena Pichot, que satiriza os temores dos católicos caso a lei do aborto seja aprovada.
(roubei esse vídeo da timeline da Sylvia Colombo no Facebook)
Mas o vídeo é em espanhol. Já se pode fazer piada de aborto no Brasil? Já era hora!
ResponderExcluirEnquanto isso, no Brasil, uma das apresentações mais interessantes e inteligentes feitas ao STF nesta semana nas audiências sobre a descriminalização do aborto veio exatamente de uma pastora.
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=RblN7f6Kg8o&feature=share
Talvez nenhuma outra questão contemporânea seja tão irrespondível quanto esta.
ResponderExcluirHá falácias de ambos os lados, mas há também ótimos argumentos de ambos os lados.
Sou a favor da escolha individual, ou seja, de que cada uma ache a sua resposta.
e acho que pra essas mulheres, não precisa de cadeia, bastam os "demônios" que elas vão carregar a vida toda por terem feito esta escolha.
Essa premissa, que muitos religiosos pregam, de que todo mundo vai "abortar" se legalizarem o negócio é a mesma que diz que todo mundo vai virar gay e a humanidade vai desaparecer se legalizarem o casamento homossexual.
ResponderExcluirIsso só mostra que em muitas igrejas só tem gente hipócrita que morre de vontade de fazer (e faz na surdina) aquilo que prega contra.
Já que pessoas matam pessoas, vamos parar de drama e descriminalizar o assassinato, cada um que convivia com o peso de seus atos em sua respectiva consciência e está tudo certo. Que tal?
ResponderExcluirTratar uma criança não nascida tal qual um cisto, como se ali não houvesse vida, é a banalização total do humano. Enquanto destruir ovos de tartaruga dá de 2 a 4 anos de prisão e multa milionária, a degenerada que mata o próprio filho vira símbolo de empoderamento e progresso...
Só há um único vencedor na descriminalização desse horror: a indústria de venda de fetos;
https://m.oglobo.globo.com/sociedade/saude/ong-pro-aborto-vende-orgaos-fetais-nos-eua-16781264
É como era dito sobre o divórcio: vai acabar com as famílias!
ResponderExcluirMas a galera achou melhor apenas juntar.
E quando não podia casar quem era desquitado no Brasil, ia casar justamente na... Argentina!
ExcluirOu no Uruguai, como fizeram meus pais. Ele era desquitado quando conheceu minha mãe.
ExcluirO inferno enfrentou uma amarga derrota. Outras virão.
ResponderExcluirAborto é assassinato. Ponto. O resto é conversa furada .Estupro, risco de vida, anencefalos. Ok, exceções após ampla discussão. De resto, estão matando um ser humano. Tem camisinha, coito interrompido,pílula do dia seguinte. Aborto não é método anticoncepcional. Essa conversa de cada num com sua opção, meu corpo minhas regras, seria patético se não fosse trágico. Gostaria que todas que abortaram, inclusive os médicos que participaram, fossem obrigados a fazer o velório do feto, tendo que olhar para ele como um pequeno ser humano e não descartando-o na lixeira hospitalar.
ResponderExcluirZZzzzzzzz a Idade Média tá te chamando de volta. Volta pro passado, amore!
ExcluirMoça das 11:10 (sim, porque deve ser moça para ficar deliberando sobre o que a mulher faz com o próprio corpo, né?), eu não concordo com esse seu discurso do "direito à vida", mas eu até respeitaria se vc fosse ao menos consistente ao defendê-lo. Mas vc é tudo menos isso.
ExcluirUma pessoa que realmente se importasse com a vida acima de tudo como vc diz jamais incluiria "estupro" na lista de justificativas para o aborto, simplesmente porque o feto produzido de forma violenta não tem culpa disso. Essa sua meia-defesa da vida significa portanto uma coisa bem diferente, e que nada tem a ver com direito à vida. Trata-se apenas de um moralismo muito mal disfarçado, que apenas usa o feto como desculpa para castigar as supostas "pecadoras", ou seja, mulheres que ousaram cometer sexo consensual fora do sagrado matrimônio.
É isso que esta por trás de discursos atrasados como o seu, e paciência, acho que ninguém tem aqui a pretensão de educá-lo. Mas você podia pelo menos deixar essa hipocrisia toda de lado, e assumir de uma vez que você quer mesmo é que as mulheres se lasquem, e que os homens, tanto os estupradores como os meramente irresponsáveis, continuem vivendo suas vidas como se nada disso fosse problema deles. Sem usar o direito à vida como desculpa, apenas expondo a sua opinião, em toda sua limitação.
Não seria menos nojento, mas pelo menos seria honesto.
Pela graça de Deus, esse crime hediondo não foi aprovado. Bebê não é verruga, Tony!
ResponderExcluirMorrer a mulher dadeira que abriu as pernas tudo bem, né?
ExcluirBasta não abortar que ninguém morre. Se a gravidez representar risco à vida da mãe, o aborto já é permitido.
ExcluirComo se a morte fosse o único problema do mundo...
ExcluirO tempo entre a votação da Câmara e do Senado, foi o tempo necessário para as forças conservadoras se reorganizarem e vencerem no Senado.
ResponderExcluirHmm, mais ou menos. Já se previa essa derrota no Senado, que é sabidamente mais conservador que a Câmara.
ExcluirOFF Topic sobre o assunto abordado na sua coluna no F5.
ResponderExcluirAcho que o filme Pantera Negra vai poder concorrer na categoria "melhor filme popular" e "melhor filme" sem o menor problema.
Do mesmo jeito que um filme estrangeiro ou uma animação podem, se for o caso, concorrer tanto na categoria de "melhor filme" quanto nas suas respectivas categorias específicas ("melhor filme estrangeiro" e "melhor filme de animação"). É raro, isso acontecer, mas não é impossível.