Finalmente eu vi "Nanette", o especial da comediante australiana Hannah Gadsby que está causando sensação na Netflix. Ao longo de uma hora, o que começa como um show de comédia stand-up vai se transformando em um desabafo feroz, praticamente um manifesto político. Hannah nasceu na Tasmânia, aquela ilha ao sul da Austrália conhecida pela fauna exótica e pela atmosfera rural. O lugar era tão atrasado que, até 1997, a homossexualidade era considerada crime por lá. Hannah cresceu em um uma família religiosa e, quando se percebeu gay, descobriu que também odiava a si mesma: a homofobia já estava incrustada em sua alma. Depois passou por dores físicas, como uma surra levada aos 17 anos por não ser feminina o bastante, ou um estupro duplo sofrido aos 20 e poucos. Hannah também dispara sobre Pablo Picasso e defende a loucura de Van Gogh, às vezes com tanta verborragia que fica difícil acompanhar. Mas a mulher é uma potência, tanto que conseguiu lotar a gigantesca Ópera de Sydney para a gravação deste espetáculo. Virou programa obrigatório, e não só para quem se encaixa na sigla LGBT. Como ela mesma diz: "não existe nada mais forte do que uma mulher destruída que refez a si mesma".
fala mais do golpe um pouco vai.
ResponderExcluirQual deles?
Excluiresse https://www.youtube.com/watch?v=tofKm-UlD5w
ResponderExcluirela é espetacular!!!!
ResponderExcluirSimplesmente fantástico. Acho que todo mundo tem que ver. Ela fala de coisas tão básicas e que todos nós nos esquecemos em algum momento. E também de coisas pessoais e que só mulheres sabem realmente o que é isso. Quem sabe agora estando no Netflix faz algumas cabecinhas por aí refletirem o que anda pensando/apoiando por aí.
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