segunda-feira, 4 de junho de 2018

PÃO AFEGÃO


O mundo é quase todo machista. Por isto, o que não falta por aí é história de mulher tendo que se passar por homem, da Portia de "O Mercador de Veneza" até a Arya de "Game of Thrones". Uma variação do tema está em "A Ganha-Pão", que a Netflix disponibilzou por aqui meio na surdina. O longa em animação foi indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro, mas não passou nos cinemas brasileiros - talvez porque não seja para crianças, já que história se passa no Afeganistão sob o jugo do Talibã A protagonista é uma menina que se vê obrigada a cortar os cabelos e fingir que é menino, para poder sair à rua e trabalhar. O pai, o único homem da casa, foi preso por um motivo fútil, e até pedir esmolas é vedado às mulheres pelos fanáticos religiosos. Com várias imagens deslumbrantes e algumas bastante incômodas (onde já se viu, sangue em desenho animado?), "A Ganha-Pão" passa a léguas das fofuras da Pixar. Não tem piadas, nem bichos que cantam. Por isto mesmo, é uma iguaria para quem gosta de variar o cardápio.

11 comentários:

  1. "Onde já se viu, sangue em desenho animado?" Nunca veja um desenho animado japonês. Mesmo os feitos para o publico infantil que às vezes passam no SBT (após os devidos cortes e ajustes) tem sangue e violência para dar e vender.

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    1. Hahaha, vejo mesmo pouco desenho japonês. Shame on me.

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    2. 23:27 É verdade. Meu filho via muitos desenhos japoneses nos anos 2010. Para vigiá-lo, às vezes, assistia alguns junto com ele. Mesmo os voltados para os adolescentes são bem mais violentos e adultos que os equivalentes ocidentais. Alguns são até bem interessantes Tony.
      Acho que essa forma mais adulta de tratar as crianças deve vir do passado extremamente violento imperou sobre os japoneses durante muitos séculos.

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  2. O Mio Babbino Caro
    O que explicaria a tenacidade das mulheres Trans...

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    1. Viajou babu, as usual

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    2. 11:12 Isso me ama (doentiamente) dorme e acorda pensando em mim.
      Que meda!!!jl

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    3. 11:12 I aí comédia honra a classe das viada e se recolha à sua insignificância, vergonha ambulante kkk

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    1. Sim, claro. Taí o exemplo mais clássico da literatura brasileira de uma mulher se passando por homem.

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    2. 11:10 Na literatura sim. Na vida real, seria Maria Quitéria???

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  4. Não me agradou o sotaque da dublagem. Me pareceu meio forçado ou falso. Parece, um nativo imitando alguém com sotaque. Tipo o que é feito com o Abdu e outros personagens estrangeiros nos Simpsons. Porém, devo tentar ver mesmo assim.

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