sábado, 16 de junho de 2018

BRILHA BRILHA ESTRELINHA


Eu escolhi esperar. Demorei mais de uma semana para ver "Oito Mulheres e um Segredo" porque meu marido estava viajando, e queríamos ir juntos ao cinema. Ontem finalmente fomos, e saí satisfeito: nada desaponta, mas tampouco surpreende. Escrito e rodado antes da eclosão do movimento "Me Too", o filme não fala em assédio, mas esbanja empoderamento feminino. O único homem que tem alguma relevância no plot aparece mais do que fala, e é usado abertamente como um objeto sexual. A gangue de ladras de joias liderada por Sandra Bullock mistura várias etnias e estilos de atuação, mas tem uma química irresistível. Só que, como acontece nos filmes dessa franquia, nem todo mundo tem espaço para brilhar. Senti que a gloriosa Cate Blanchett está meio desperdiçada, sem uma grande cena que justifique seu cachê. Quem rouba (hehe) o filme é Anne Hathaway, como uma estrelinha de cinema cheia de vontades, mas não tão burrinha como aparenta ser. O plano para surrupiar um colar de diamantes em pleno Met Gala é complicadíssimo e pra lá de improvável, e senti falta de uma reviravolta final que nos tirasse o chão. Talvez seja querer demais: com roupas fabulosas, alguns diálogos ferinos e várias deusas contracenando, "Oito Mulheres e um Segredo" cumpre o que promete. Diversão garantida para um "actressexual" como eu.

5 comentários:

  1. Me lembrou que faz uns 30 anos que não vejo o original com o Frank Sinatra.

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  2. Então é isso que sou, “actressexual”?
    Tonico sempre me ajudando a me conhecer melhor... rsrsrs

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  3. Ainda temos um longo caminho pela frente, já que para elas se sentirem empoderadas o homem tem de ser apenas o objeto sexual!

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  4. Eu achei morno. Bonzinho. Só isso. Sou muito mais missão impossível ou Bond

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  5. Gosto muito quando a Anne Hathaway faz papéis nesse estilo de princesinha que não é princesinha.

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