
Quem não gosta de um julgamento dramático? Uma testemunha contradiz a outra, os advogados brigam entre si, o juiz bate o martelo e no final alguém se levanta no meio da audiência e confessa, "Sim, fui eu! E eu me sinto ótimo". O cinema americano nos ensinou a gostar desses conflitos judiciais, mas antes dele já havia peças de teatro que exploravam o filão. Um bom exemplo é "A Noite de 16 de Janeiro", de Ayn Rand - que, apesar da fama da autora, não tem maiores conotações políticas. O texto da década de 1930 finalmente ganha uma montagem brasileira, com 18 atores no elenco e previsão de ficar sete meses em cartaz, duas raridade nos tempos que correm. Claro que ajuda muito o fato do diretor ser Jô Soares, que também tomou para si o papel do juiz. O caso sendo julgado parece simples: uma mulher que teria matado o amante milionário, jogando-o do alto de um prédio em Nova York. Mas as versões diferentes vão se empilhando, e cabe a um júri formado por pessoas da plateia decidir se a ré é culpada ou inocente. Ou seja, uma grande e divertida brincadeira - e, ao contrário do que Jô diz no vídeo que abre o espetáculo, sem a menor ligação com a Lava-Jato ou a situação política do Brasil. Os atores todos estão ótimos, mas eu vou destacar duas amigas minhas: Tuna Duek, que expõe seu dom para os sotaques como a governanta da vítima, e Guta Ruiz, finalmente com um papel de mulher fatal que a deixa deitar e rolar. Mas também senti alguns problemas. A peça é monótona visualmente, com um cenário estático e pouca movimentação do elenco pelo palco; isto talvez pudesse ser resolvido com uma iluminacão mais variada, o que, por outro lado, diminuiria o realismo. Também tive alguma dificuldade para acompanhar o que dizem os atores mais para o fundo da cena (Jô inclusive), porque os microfones direcionais sobre eles me soaram mais baixos do que os da frente. Mas tudo isto são detalhes: "A Noite de 16 de Janeiro" é teatrão bem feito, e um bom jogo em todos os sentidos do termo.
Agora é aguardar o milagre de vir a Salvador. Você ouviu o CD da Iza
ResponderExcluirO título não seria "A noite de 16 de janeiro"?
ResponderExcluirLembrei da clássica peça da Agatha Christie "Testemunha de Acusação" que tbm foi adaptada para o cinema por ninguém menos que Billy Wilder em 1957. A diva Marlene Dietrich rouba todas as atenções nessa película.
ResponderExcluirNada a ver, tudo errado.
Excluir"...mas antes dele já HAVIA peças de teatro..."
ResponderExcluir03:19 sim, essa doeu. Muito.
Excluir03:19 e 08:24.
ExcluirDesejo a vocês: Namoro no portão, domingo sem chuva, segunda sem mau humor, sábado com seu amor. Chope com os amigos, viver sem inimigos, filmes bons na TV. Ter uma pessoa especial e que ela goste de você.
03:19 Haviam Havia a Tony se acha alfabetizadakkk
ExcluirTem razão. Sou uma besta. Já corrigi.
ExcluirTiMONA querida das 11:16 (sorry, há séculos queria lançar aqui esse seu apelido oficial!). Obrigado. O mesmo para você.
Excluir11:16 As normalistas não perdoam somente assim eles podem "brilhar".
ResponderExcluir(E sentem dores horríveis)kkkkkk
Não Vi, nem quero. Assisti, pacientemente, três direções anteriores do Jô. A cada Uma, fui gostando menos. Sempre, nem poderia ser diferente, visualmente tudo caprichado . Mas tudo tão chato, esquemático, sem nenhuma grande interpretação ou surpresa q emocione. Blasé total.
ResponderExcluirA Jô pega a Cássio? Porque é o ator favorito dele pelo jeito.
ResponderExcluir