sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

WÀNG WÀNG

Hoje é dia de cumprir uma das tradições mais sem sentido deste blog: saudar a chegada do ano novo chinês. Digo "sem sentido" porque todo ano eu confiro as previsões para o meu signo, o rato, e nunca acontece nada. Mas vamo que vamo, não é mesmo? O ano que começa hoje é do cachorro, um bicho leal, corajoso e persistente. Whatever. Como eu adoro cães e até tenho um, sinto-me especialmente afortunado (ou não). Até estou com vontade de mudar o nome do Nacho para Wàng Cai, "riqueza sortuda" em chinês, baseado na onomatopéia deles para au-au: wàng wàng. Então, feliz ano novo para todxs! Que o cachorro nos defenda dos perigos, nos console nas tristezas e não faça xixi no tapete.

11 comentários:

  1. É realmente o Brasil e a China estão ficando próximos.
    O ano novo real do Brasil (não aquele que há no papel) iniciou no último dia 15 (após o fim do carnaval) quase que em sincronicidade com o Chinês.

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  2. Comentário off-topic sobre a sua coluna do F5: Acho que o Theo Becker merece o papel na Record. Ele a Universal tem o mesmo padrão de hipocrisia: se fazendo de algo que com toda certeza não é, em troca de dinheiro de pessoas de baixa capacidade de discernimento (no caso da igreja os fieis, no caso dele, os diretores da emissora).

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    1. A hipocrisia tem sido boa pra muito canalha por aí. Rentável até. Dog days are not over, Florence!

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  3. Obrigado , igualmente pra vc. Tb tenho cachorro e os adoro. Deveria ter feito Veterinária, tanto q gosto de bicho. A começar do meu signo, Escorpião . Ascendente Escorpião tb. Aí já é bicho ruim...kkkkk

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  4. Smartphone of Death


    Crentinaldo adorava o seu smartphone. Vivia o tempo todo olhando para a telinha translúcida e brilhante. Não levantava o pescoço. Já tinha criado até uma dobrinha especial bem embaixo do queixo, a chamada “papada instagram”.
    Não desgrudava mesmo. Tudo que era notícia, atualização de perfil social, vídeo do youtube. Nada disso escapava a Crentinaldo. A vida pelo smartphone era bela e azulzinha. Curtia, compartilhava e comentava a esmo.
    No trabalho, na faculdade, na igreja, na lanchonete, na boate… lá estava Crentinaldo e seu inseparável smartphone colado na palma de sua mão esquerda.
    Acordava e já pegava o tal aparelhinho que repousava todas as noites no criado-mudo ao lado de sua cama. Tomava o café da manhã antenado com o que acontecia no mundo virtual. Assistia tv em companhia de seu fiel smartinho. Tuitava respostas imediatas à polêmica da semana. Era adepto de uma causa por dia. Gostava de ajudar. Mesmo se fosse pela internet, sem nem conhecer o tema, assunto, mobilização… só na teoria. Crentinaldo era uma cidadão moderno, globalizado. Sentia-se muito bem ao perceber que não estava sozinho no mundo, era amparado por milhares ou até milhões de pessoas que amavam-se mutuamente em prol de uma humanidade mais unida e conectada.
    Tudo era perfeito na tela azul. Todo mundo era bom. Quanta gente boa! Que mundo bonito e digno!
    Na rua, andava sem olhar para a frente. Cabeça levemente inclinada. Smartphone tinindo. Uma curtidinha e … o caminhão passou por cima. Não deu tempo de frear. Entre as rodas, Crentinaldo encontrava-se em pedaços. Seu smartphone, sem um arranhão.

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    1. Alguém resume o textão do 16:54 para aqueles com preguiça de ler (como eu)...

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    2. Cretinaldo era uma bichona!...

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    3. 18;00 Não.
      O que um cara com preguiça de ler faz aqui?

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  5. E a intervenção militar? Fala nada ne Toni.

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