Nunca vi um filme de Todd Haynes que se passasse nos dias atuais. "Carol", "Não Estou Lá", "Longe do Paraíso". "Velvet Goldmine", todos eles eram de época, ainda que recente. No novo "Sem Fôlego", Haynes dobra a aposta. São duas histórias parecidas - garotos que fogem de casa para procurar um dos pais em Nova York - que se denrolam em décadas diferentes. Uma delas é centrada numa menina surda nos anos 1920, e estas cenas são todas mudas e em preto-e-branco, como no cinema de então. A outra foca num guri que ensurdeceu num acidente, por volta de 1975, e a fotografia remete ao Eastmancolor do período. Dá para perceber que Todd Haynes queria construir um jorro de imagens e sons que encantassem o espectador, transportando-o a dois momentos do passado de maneira inconsútil. O problema é que nenhuma das duas histórias é grande coisa, e o "segredo" que as une é óbvio. Mesmo assim, o diretor demora para revelá-lo, tentando criar um suspense que não existe. "Sem Fôlego" tem mesmo passagens maravilhosas, atores incríveis e direção de arte impecável, mas está longe de ser arrebatador. Eu mesmo só perdi o fôlego por impaciência, porque o filme é longo demais.
Que post bacana! Aprendi sobre Eastmancolor e o significado de inconsútil.
ResponderExcluirServir bem para servir sempre.
ExcluirPensei a mesma coisa enquanto lia...
Excluirrsrsrsrs
Não sei porque, mas sempre tenho o pé atrás com filmes que expõem as ótimas opiniões da critica no seu trailer...
ResponderExcluirHá muitos anos se sabe que em sua maioria são pagas.
ExcluirO Mio Babbino Caro
ResponderExcluirNão seja tão cruel, só pelo fato de gerar um post desse já tem seu valor e com citações de Boys Keep swinging e Space Oddity então, não precisa de mais nada.
Cara, o plot é tão previsível que eu já adivinhei só de ver o trailer e ler algumas críticas
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