"O Sacrfício do Cervo Sagrado" abre com um um close em um coração pulsante, durante uma cirurgia. Esta cena nem de longe é a mais incômoda do segundo filme em inglês do grego Yorgos Lanthimos, do estranhíssimo "O Lagosta". Aqui a chave é mais realista, mas não muito. Movido pela culpa, um médico faz amizade com o filho de um paciente que morreu em sua mesa de operação. A princípio o garoto é só creepy mesmo, querendo forçar intimidade e até jogando sua mãe viúva para cima do doutor. Mas logo suas verdadeiras intenções são reveladas, e mais não posso contar. Todo o elenco atua de maneira minimalista, quase sem emoção na voz, mas só a diva Nicole Kidman consegue transmitir desse jeito o turbilhão que sua personagem sente por dentro. "O Sacrifício" não faz nenhuma concessão e aposto que vai ter gente saindo no meio (o filme foi até vaiado em Cannes). Mas sua trilha inquietante, sua ambientação numa cidade genérica (na verdade, Cincinatti) e seu roteiro assustador - uma variação da peça grega "Ifigênia em Aulis" - fazem com que mereça ser visto. É um tiro no lugar comum.
Ah. Esse eu passo. Todu que vi sobre ele não me deu o menor interesse em vê-lo.
ResponderExcluirQue título foi esse, viado??!!
ResponderExcluirVi hoje o filme. Muito pesado, mas merece ser visto mesmo.
ResponderExcluirPercebi muito do complexo de Edipo em várias partes.
A diferença no tratamento dos pais para os filhos é assustadora também. Filme para ficar refletindo.....