Por incrível que pareça, a civilizadíssima Suíça foi o último país ocidental a garantir o direito a voto às mulheres. Elas não podiam votar lá até 1971 - e, no avançado cantão de Appenzell Inerhoden, até 1991. Essa situação bizarra é o pano de fundo de "Mulheres Divinas", que se passa em uma pequena cidade alpina às vésperas do referendo que poderá implantar o sufrágio universal - e onde só votam os homens, ora ora ora. As mulheres do título brasileiro (o título original se traduz como "A Ordem Divina") não escapam muito dos clichês: tem a dona-de-casa sofrida, a idosa libertária, a forasteira atrevida e uma protagonista capaz de personificar as dúivdas de todas. Juntas elas descobrem que tem poder e fazem uma greve à la "Lisístrata", deixando os maridos literalmente na mão. Essa comédia simpática foi a escolhida pela Suíça para disputar uma indicação ao próximo Oscar. Ficou fora da lista dos nove pré-classificados divulgada semana passada, mas não faria feio se estivesse lá. Feio mesmo é esse pessoal que achava, tão pouco tempo atrás, que mulher não deve se meter em política.
Faz uma boa dobradinha com o Der Kreis (O Círculo), ne non?
ResponderExcluirE estavam errados? Qual mulher política brasileira que fez algo de excelente e que um homem não faria? (Just asking)
ResponderExcluirOlha o sexismo casual ai, my fellows.
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