Um filme húngaro precisa ganhar muitos prêmios para chegar às telas brasileiras. É o caso de "Corpo e Alma", que venceu o último festival de Berlim e está entre os nove pré-selecionados para o Oscar de filme estrangeiro. Trata-se de uma inusitada colisão entre uma comédia romântica fofinha e uma pretensiosa obra de arte, repleta de simbolismos e mensagens secretas. Mas não chega a ser chato, apesar de uma certa lentidão lá pelo meio. A premissa é curiosa: dois funcionários de um matadouro, que não se conhecem, sonham toda noite com o mesmo casal de cervos trotando na neve. Um match mais poderoso do que o de qualquer aplicativo, e é claro que eles resolvem dar uma chance ao amor quando descobrem a coincidência. Só que a vida real é um tanto mais complicada que o mundo onírico, e a afinidade entre eles não flui tão fácil quanto a de dois bichos no cio. Original e, às vezes, arrebatador, "Corpo e Alma" é o date movie perfeito para gente-cabeça que gosta de pagar de sensível.
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