segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

PERU INDIGESTO


"Para as 53 pessoas que viram "O Príncipe do Natal" todos os dias nos últimos dias: quem machucou vocês?". Este tuíte foi uma das campanhas publicitárias mais baratas e eficientes de todos os tempos. Num primeiro momento, a Netlfix foi criticada por tirar sarro de assinantes, mesmo sem revelar os nomes deles. Mas foi o que bastou para a plataforma chamar atenção para um filme péssimo, tão ruim que nem chega a ser engraçado. Além de tudo, "O Príncipe do Natal" é mal-feito. A trama pífia finge que revistas ainda têm bala para mandar uma jovem repórter para a Europa  só para cobrir uma coletiva de imprensa. O país ficticio de Aldóvia revela a preguiça dos roteiristas, pois rima com o Genóvia dos "Diários da Princesa". Ao chegar no "aeroporto internacional de Aldóvia" - juro, tiveram preguiça até de pensar num nome para a capital - a moça espera na fla do táxi e perde o seu para um misterioso barbudo que todo mundo sabe que é o príncipe. Corta para ela sentadinha numa van cheia de jornalistas - mas ela não queria um táxi? Mais tarde, já no palácio real, menos suntuoso que o castelinho de Itaipava, um mordomo a confunde com a nova tutora da princesinha deficiente, sem checar um único documento. Ah, já falei que em Aldóvia não só todo mundo fala inglês, como as canções de natal são as mesmíssimas que tocam nos Estados Unidos? "O Príncipe do Natal" é uma mistura vagabunda de "Cinderela", "A Noviça Rebelde" e quase qualquer filme jamais exibido pela "Sessão da Tarde". Está virando cult, e olha que eu me esforcei para rir. Não consegui passar da metade.

5 comentários:

  1. Até o filme da Fran Drescher deve ser melhor então. (E olha que era basicamente um remake de The Nanny num cenário de um micro reino fictício europeu).

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  2. O melhor é ver e viajar na maionese mesmo!!!!

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  3. "Spoiler!"

    Vi o filme e gostei, até veria de novo... A única coisa que não me desceu foi a cena da "Leia Rebobinada" (aquela que ela volta para a Nave depois de "morrer" numa explosão e vagar pelo espaço). Me deu uma grande impressão de que o filme foi escrito para ela morrer ali. Mais tarde (talvez já durante a edição no período em que a Carrie Fisher morreu), alguém achou que não ia pegar bem e resolveu mudar o filme acrescentando essa cena da Leia voltando e modificando algumas outras poucas que vem depois. Tanto que depois de Rebobinar para a nave, a Leia quase não aparece mais no filme. E quando o faz, tem ações genéricas (que qualquer personagem aleatório poderia fazer) ou de curtíssima duração sendo praticamente um daqueles figurantes que tem interações com o elenco principal, mas que nem chega a ter um nome.

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  4. Até agora não tinha ouvido falar desse filme. Com essa propaganda todo nem vou chegar perto.

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  5. Não vai existir campanha publicitária, cara ou barata, que me faça assistir esse filmeco!
    Esse filme é um retrato fiel da sua audiência nesse tempo.

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