terça-feira, 10 de outubro de 2017

LGBTV-BR

Hoje saiu no iG uma boa matéria sobre a representação de gays, lésbicas e trans na televisão brasileira, incluindo trechos de uma entrevista que eu dei semana passada para a repórter Karine Seimoha. O artigo também inclui declarações do diretor Daniel Ribeiro (de "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho") e do ativista Vinicius Oziel. Quase quatro anos depois do beijo entre Félix e Niko em "Amor à Vida", a gente analisa o que melhorou e piorou de lá para cá na nossa TV. Leia e comente, aqui ou lá - mas imploro para não resvalarmos para o debate insano entre direita e esquerda. Estamos falando de direitos humanos básicos, algo que nem deveria mais levantar polêmica. Valendo?

36 comentários:

  1. Li os comentários no IG e quase entrei em depressão. Na minha bolha social, às vezes esqueço que ignorância e ódio contra gays é a regra.

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    1. Vendo esses comentários vejo como tem gente burra publicando comentários na conta original do facebook contendo fotos de família, local de trabalho e mais um monte de cosas abertas para qualquer um ver...

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  2. Eu tenho uma pergunta que talvez Tony censure pois vive censurando comentários meus.
    Queria saber se artista (termo bem elástico, ja que qualquer um pode se dizer artista, nem todo mundo pode se dizer médico, por exemplo) está acima de qualquer crítica.
    Bastou exibir algo, ninguém pode mais questionar, criticar?

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    1. De onde você tirou que a arte não pode ser questionada?

      Arte é para isto mesmo: para fazer e responder perguntas (e não apenas para decorar paredes).

      Tudo que qualquer artista fizer, em qualquer época, pode e deve ser questionada. Arte que não admite questionamento não merece ser chamada de arte.

      O que não pode é CENSURA, que é algo totalmente diferente. Você pode até não gostar de alguma coisa: o que não pode é proibir outras pessoas de a verem (respeitando classificação indicativa por idade, OK?).

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    2. Então por que vc acha que existe uma gritaria enorme quando uma arte é repudiada (feito essa do MAM) e silêncio absoluto da classe artística quando outra também é (tipo o filme sobre o velho lá da direita)?
      Queria entender o "fenômeno" da seleção.

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    3. Não levantei a lebre, mas vou aproveitar: qual seria a sua resposta a Danilo Gentili, Tony? Fez parte de algum tipo de ação para protegê-lo dos abusos que o comediante sofreu?

      Segue o post de Danilo:
      (Ah, também tenho sido seguidamente censurado aqui)

      "Toda classe artística e jornalística está se manifestando contra a censura, ataque a liberdade de expressão e boicote de movimentos políticos organizados. Aproveito o espaço para me manifestar também sobre o assunto. Abaixo seguem as listas do que eu já tive do que eu nunca tive a respeito:
      EU JÁ TIVE:

      – Meu nome numa lista negra pública e oficial do partido que governava o País.

      – Meu Comedy Club apedrejado e pichado por militantes. Nas pichações comparavam humoristas a estupradores por causa de piadas (duas vezes).

      – Governo ligando no meu trabalho e pressionando minha demissão (algumas vezes).

      – Militantes políticos se organizando e pedindo que patrocinadores e artistas boicotem meu trabalho.

      – Jornais de mainstream me ligando a crimes hediondos que jamais cometi, como estupro por exemplo. Óbvio que a intenção disso era convencer o público a boicotar meu trabalho.

      – Moção de Censura oficial do Estado (duas vezes).

      EU NUNCA TIVE:

      – Manifestação da classe artística ou jornalística escandalizada com algumas dessas censuras ou boicotes que sofri. Pelo contrário. Coleciono declarações de alguns desses veículos e artistas relativizando, amenizando e apoiando muitas dessas censuras e boicotes"

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    4. Coitadinho do Gentili né? Uma vítima!!

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    5. Coitadinho do curador da queermuseu, uma vitima!

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    6. Ao anônimo das 17h31: há mesmo uma contradição patente aí. Mas a classe intelectual (que engloba a artística) não está em silêncio, não. Neste exato momento estou vendo um debate na Globo News onde um dos participantes diz que não faz sentido criticar a censura a uma exposição e, por outro lado, apoiar a censura a uma palestra do Bolsonaro. A Cora Ronai também manifestou a mesma opinião. E eu concordo com eles: não vale censurar só o que a gente não gosta. A liberdade de expressão é para todos os lados, não só o nosso.

      Ao anônimo das 17h37: Danilo Gentili é um provocador. Diversas de suas piadas podem ser interpretadas como racistas ou cruéis com minorias. Ele também costuma ser grosseiro com a concorrência ou com quem não o aplaude (foi comigo, por exemplo). Não tem mesmo a simpatia de boa parte da classe artística. Não digo que ele mereça, mas ele faz força para que ninguém do meio goste muito dele.

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    7. Amo quando Tony é ponderado e fino!

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    8. Danilo Gentili segue a mesma linha do Bolsanaro: se vincula a atitudes polêmicas para estar sempre na mídia.

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    9. Eis o busílis:

      Gentili é provocador, grosseiro, fere a legítima sensibilidade da classe artística e é cruel com as minorias, mas o Queer Museu e a cena de crianças interagindo com "a besta" pelada são expressões artísticas válidas e merecem todo o apoio. O incômodo de cristãos, conservadores e da maioria do povo não passa de ignorância e truculência.

      Percebe a contradição? As pessoas comuns percebem. A direita também e não para de capitalizar em cima disso. A mídia e as elites, quando o povo não aceita algo, impõem seus pontos de vista, mas esse mesmo povo é taxado de intorante quando tenta fazer o mesmo, e a censura (a sofrida por Danilo, por exemplo) é relativizada.

      Para mim, é evidente o porquê do crescimento de Bolsonaro: os formadores de opinião, os intelectuais, aqueles que falam em nome das tais minorias e a imprensa perderam a conexão com o sentimento real da população e tentam impor uma narrativa de cima para baixo. O problema é que isso só acirra o conflito, pois as pessoas descobriram que podem se associar, furar o bloqueio e atacar via Internet.

      O problema é que a parte forte dessa disputa é... o povo! e ele está cada vez mais consciente disso. Quando começarem a cortar cabeças (já vimos isso antes), tenho certeza de que ouvirei lamentos vitimistas ecoarem entre poças de sangue o.O, mas aí será tarde. O verdadeiro processo revolucionário terá começado e eu, um gay de classe média alta, serei apenas uma vítima potencial da resposta explosiva à falta de empatia dos lacradores militantes.

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    10. Meu amigo se os lacradores militantes, tivessem esse poder que você lhes atribui ou supõe que tenham, pode ficar certo que a história seria bem outra.

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    11. Não são situações exatamente iguais. O Gentili , apesar de falar, continua lá trabalhando e falando as besteiras dele... Ninguém foi lá e forçou o fechamento do Comedy Club dele muito menos fez protesto na frente do SBT pedindo para o programa dele sair do ar.Quase todo problema que ele enfrenta é porque tem um MONTE de inimigos pessoais porque é um babaca. Nada além disso.

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  3. Sorry mas que matéria requentada de tudo que já se escreveu sobre o assunto. E dá-lhe meter pau na Globo. É muita cafonice e frustração. O outro sai falando da trans ser feita por mulher mas esquece de falar da atriz trans que faz um papel de mulher. Patético.
    Bonitinha porém muito mal escrita a matéria, e sem dar voz a quem é acusado de conservador e etc, são gays falando sozinhos sobre um assunto, está longe de ser jornalismo, é papo de comadres apontando o que gostam e não gostam na tv. Não vi nenhum acréscimo ao tema.

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  4. Dificil que não vire um xingamento entre coxinhas e mortadelas porque no fundo é disso que se trata essa e qualquer outra polêmica no país.
    Infelizmente.

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    1. @17:43 Só você falou sobre coxinhas X mortadelas até agora. Seria uma tentativa de melar o debate?

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    2. O Brasil é atrasado e paralisado. Qualquer tentativa de debate cai nessa vala comum boboca e a discussão não avança. Fica na mesma. Mentalidade subdesenvolvida.

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  5. Acho que a presença de personagens LGBTs na TV brasileira é imensamente desproporcional à quantidade de pessoas nessas condições na sociedade. Além disso, estão deixando de representar o homem comum para impor uma agenda que, honestamente, sequer me representa. Vejo as caricaturXs empoderadXs espalhadas por toda a programação da TV e penso: não sou assim, mas querem muito que eu e todos os outros sejam. Tenho a sensação que estabeleceram os tipos que obrigatoriamente devem ser seguidos pelos LGBT. Querem tanto a ponto de excluir e perseguir aqueles que não se enquadram ou não concordam com os padrões criados. Em resumo: não enxergo avanços, mas a imposição de modelos que só servem a um pequeníssimo grupelho. Quem difere é fascista, homofóbico e "asno".

    Pronto falei.

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    1. Se a TV se impõe na sua vida deste jeito, então engula até o talo, amore. Está na cara que você nasceu para isso.

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    2. @18:24 A TV ainda é muito presente para a maioria dos brasileiros. Claro que isso não se aplica a pessoas tão elevadas e superiores como vc.

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  6. Penso que estão exagerando na quantidade de espaço à pauta LGBT na TV. Vai dos programas femininos da manhã a todas as novelas da noite. Antes não havia quase nada, mas agora pecam pelo o excesso. Acho que exagerar na dose pode ter um efeito contrário, de repulsão.

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    1. Os LGBT são algo entre 5% e 10% da população. A presença deles na TV é menor do 5% da programação. Fim.

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    2. Sei não, Tony. Concordo com o outro anônimo e acho que estamos bem longe do "fim".

      (1) A temática LGBT é quase onipresente na grade atual e tem ocupado muito mais que 5% da programação, tomando a Rede Globo como parâmetro. Claro que na conta da militância nunca será suficiente.

      (2) Apesar disso, nada do que vejo me representa. São sempre os mesmos discursos que tentam pautar como eu devo pensar, agir e me posicionar politicamente.

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    3. Os dois anônimos aí nada mais espelham que nossos opressores.

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    4. A população parda e negra deve ser 50% e não vemos isso tudo espelhado nas mídias.
      24% dos brasileiros declaram ter alguma deficiência fisica. Eles estão representados na midia?
      Acho o mimimi da militancia gay bem ridiculo.

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    5. Anônimo desinformado das 09:26. Se você procurar saber vai ver que as militâncias negras reclamam (com razão) que falta representatividade de negros na TV (até cota já fizeram). Os deficientes tem a mesma militância também.

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    6. Enquanto falar de assuntos LGBT der audiência, os programas de TV vão se focar nesse assunto. E o que temos a ver com isso? Nada! Todo mundo é livre: a TV pode passar o que quiser desde que não seja contra a lei. Quem não gosta não assiste. O qie não faz o menor sentido é alguem querer que mudem programação do sport tv só pq não gosta de futebol.

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  7. Mas sabe que, apesar de concordar em alguns pontos levantados, eu discordo em geral da matéria? Acho que a temática gay está bastante presente na tv como um todo, e de formas diferentes, algumas vão desagradar a militância, obviamente. E não vejo easa repulsa toda na sociedade. Temos que relativizar as redes sociais, pois essas deram voz ao aplauso e ao ódio a tudo, sem excecao, quase nada ou ninguém escapa. E se formos pensar, a militância conseguiu deixar as pessoas, os anunciantes e todo o resto precavidos em não expor nada que seja considerado homofobia, pois sabem que vão ser trucidados. Basta ver que no caso dos museus não se mirou em algo que poderia indicar homofobia, mas pedofilia. Acho que estamos indo por um bom caminho, devemos saber que os costumes de uma sociedade, ainda mais tão plural como a brasileira, são reconstruídos aos poucos. Bjs.

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  8. Direita e esquerda. Veja bem, a questão aqui são os gays de direita. Os de esquerda adoram vir aqui e dizer que as gays devem isso ou aquilo ao PT, e blá, blá, blá. A mentira é das grandes, mas ao menos a galerinha de esquerda não derrapa na homofobia como fazem esses gays de direita. Porque estes são reacionários, e de uma babaquice sem tamanhos, não respeitam direitos civis para gays, muito pelo contrário. Gay de esquerda pode falar abobrinhas, mas não tira a dignidade de homossexual. Basta ler aqui os comentários dessas bichas direitistas pra gente ver que são um bando de lunáticas homofóbicas.

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    1. Demorou, mas apareceu uma mortadela enfurecida às 6:53! para desqualificar ("lunáticas homofóbicas") minhas queridas coxinhas de camisa pólo. Uó!

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    2. Eu sou centro direita e não tiro dignidade de ninguém. Ao contrário de vossa ex presidAnta que vendeu a dignidade de vcs aos evangélicos que vcs odeiam.

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    3. Para que ainda dá tempo.
      Não viram a recomendação do Tony.

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    4. O Mio Babbino Caro
      Talvez a grande dificuldade seja falar do avanço dessa discussão, isoladamente. A partir do momento que uma categoria excluída se coloca, outros demais segmentos, também passam a se manifestar exigindo sua representação. E qual é essa representação, e como elas se chocam com o status quo.
      Não temos afastamento histórico para analise mais razoável, além dessa troca desconfortável que vemos.

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  9. É engraçado, o senhor falar sobre censura e no mesmo instante o senhor criticar um artista e achar errado ele informar seus fãs sobre os seus críticos ...
    Na verdade, parece-me que o senhor não aceita que a grande maioria das pessoas discordam totalmente dos pensamentos i ideais que mininorias as quais o senhor pertence, e por isso o senhor as censuram através de críticas como fez ao artista Danilo Gentili. Mas acostume-se meu senhor, pois o povo já está farto e agora não vai mais se calar quer o senhor e sua gente ou não.

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