quarta-feira, 9 de agosto de 2017

VOLVERÉ Y SERÉ MILLONES


Há mais de vinte anos, li um livro sensacional do falecido escritor argentino Tomás Eloy Martínez: "Santa Evita", com as peripécias do cadáver da ex-primeira-dama. Embalsamada logo após a morte, a mando de seu viúvo, Eva Perón foi escondida em lugares inusitados - atrás da tela de um cinema, que tal? - e levada para a Espanha e a Itália. Fui ver "Eva Não Dorme" esperando pelo menos parte desta saga rocambolesca (o filme não é baseado no livro). De fato há alguns pontos de contato, mas a pegada do diretor Pablo Agüero é quase impressionista. O longa, na verdade, é um compilado de cenas avulsas com personagens próprios, entremeadas por impressionantes imagens de arquivo. Gael García Bernal só aparece no começo e no fim, e mal abre a boca; o francês Denis Lavant protagoniza uma sequência impactante, mas que parece teatro filmado. Ainda mais teatral é o cativeiro do general Aramburu, sequestrado por guerrilheiros peronistas. Tudo isto para dizer que "Eva Não Dorme" só é recomendado  para quem se interessa pela Evita histórica, muito mais estridente que a vivida por Madonna. É o meu caso.

7 comentários:

  1. Eva é a mãe dessa maldição populista que feito um câncer não larga a América latrina.
    Esse exu argentino devia ser esquecido pra sempre.

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  2. Gostei do filme. Achei até que pinta um clima homo erótico,na cena do Transportador...

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  3. Não li o livro que vc leu, mas no do Federico Andahazi ele conta que quando esteve de posse do cadavér, a segunda mulher do Perón o usava nuns rituais de santeria.

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    1. Fala-se muito nesses rituais macabros que a Isabellita e o próprio Perón fariam com o cadáver, sob o comando do bruxo José López Rega.

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  4. Impactante!!!!! Não esqueço de um documentário que vi no youtube no cortejo fúnebre de EVITA em Buenos Aires, uma colossal multidão e todos os prédios com fitas pretas voando!!! Que ela era e foi poderosa foi mesmo!!!! E até hoje conquista encanta ou se cria uma raiva entorno de tudo isto.

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