domingo, 6 de agosto de 2017

HAPPY LITTLE DAY, JIMMY WENT AWAY


Tanta gente me falou bem de "Em Ritmo de Fuga" que eu me deixei convencer. O filme é quase que um musical para adolescentes que não gostam de musicais, só de filmes de ação. As muitas cenas de perseguição, a pé ou de carro, são sempre embaladas por clássicos do rock e da música negra. A mesma trilha sonora que o protagonista Baby ouve em seus iPods modelo 2002 (aliás, o título original, "Baby Driver", é muito melhor que o brasileiro). Baby é uma fantasia ambulante: guia melhor que o Speed Racer, dança feito um funkeiro das antigas, grava muito do que lhe dizem e depois transforma essas gravações em remixes para as pistas. Ah, e também mora com um velho negro surdo e paralítico, numa das maiores forçações de barra da história da sétima arte. No entanto, mesmo sendo lindo e talentoso, Baby é introvertido e caladão. Não tem namorada, e seu silêncio incomoda os ladrões de banco para quem ele dirige o carro nas fugas. Ou seja: Baby não tem pé nem cabeça, como, aliás, o filme todo. Que não deixa de ser divertido, porque as sequências de ação são mesmo bem dirigidas e o elenco ainda traz Kevin Spacey, Jon Hamm e Jamie Foxx. Sem falar no resgate de "Brighton Rock", uma faixa do Queen que nunca foi um hit, mas que combina com porrada e tiroteio.

2 comentários:

  1. PQP até um texto sobre um filme q vc não gostou me deixou com vontade de ir ao cinema. Vou na quarta. Não suporto sala cheia.

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