quinta-feira, 31 de agosto de 2017

A FILHA DA NOIVA


Maria Ribeiro tem razão ao dizer que "Como Nossos Pais" parece filme argentino. É uma história urbana sobre relações pessoais, passada dentro de casas e apartamentos de classe média, com diálogos precisos e tiradas de humor. A crise da protagonista me lembrou a do personagem de Ricardo Darín em "O Filho da Noiva". Aqui ela  tem como gatilho uma revelação súbita logo no comecinho (não é spoiler, está até no trailer), mas as causas profundas são como na obra do Campanella: é a vida, é a vida e é bonita. Ou não, porque problema é o que não falta, e para todos os lados. Com o marido sonhador, o pai mais fora de órbita ainda (Jorge Mautner, uma revelação), as filhinhas pentelhinhas, a já citada mãe que resolveu chutar tudo para o alto (Clarisse Abujamra, excelente), o trabalho frustrante, a libido represada... Sim, nossa heroína tinha tudo para ser uma chata. Mas não é - só um pouquinho - graças à atuação cheia de nuances de Maria Ribeiro, que está de fato fenomenal. Será este o melhor filme brasileiro do ano?

25 comentários:

  1. Onde estão os atores pretos ou pardos?

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    1. No teu cu! Viado chato do caralho

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    2. ˙0˙
      Olha o nível da discussão aqui

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    3. Se controla rapaz ou vai revelar ainda mais do desconforto nacional.
      Perguntar não ofende. Chegaram os tempos do fim das invisibilidades, nada mais natural do que se ver representações. Sem desespero branquinha.

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    4. Cota em filme é só pra preto ou também cadeirante, transsex, cego, surdo, obeso, índio, lésbica e etc?
      Sempre fico na dúvida se quando se fala em representatividade só estão falando de preto e bicha.

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    5. @15:20: mais da metade da população brasileira é preta ou parda. É diferente de uma minoria de deficientes, anões, etc. Estamos falando de representatividade. Tinha que ter ao menos 1 personagem preto ou pardo.

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    6. Pardo não é Preto! Estamos de olho nesse balaio-de-gato do IBGE, que chama de negro qualquer um que não seja branco, índio, ou descendentes de imigrantes do extremo-oriente.

      Afinal de contas, a depender da metodologia, pretos ficam entre 8 e 12% da população. Mas militante que é militante não dá bola para o mundo real, né?

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    7. 01:57 Se a infeliz surta com uma pergunta. Imagina o que não acontecerá com essa alma quando inexoravelmente a populaçao negra tiver representatividade equivalente na vida social brasileira.

      13:47 Não, cota não é só para negros, é um esforço para impedir invisibilidades.

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    8. 01:57 Sem falar que para esse individuo, tomar no cu e ser viado é o nível mais elevado de ofensa que alcançou para achar que atingiria o questionador. Decididamente é um pobre diabo.

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    9. 22:39,
      (1) Viraremos, de vez, um país africano.
      (2) Adoro quem pede visibilidade sem saber o que fazer com ela. Eis a segunda etapa do vitimismo.

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    10. Alguém disse que aqui pardo é preto? Não tem nenhum pardo OU preto no filme (aparentemente). Impensável num filme americano.

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    11. Menas, João, tem monte de séries americanas sem negros.

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    12. Sempre tem um personagem negro, querido. Preste melhor atenção. Fora que lá tem menos negro que aqui.

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    13. 22:39 Vitimismo, Ditadura gay, tudo a ver. Impedir que oprimidos tenham direitos.

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    14. Mais um filme paulista banal de classe media... Nada vi de argentino. Apesar de hiperpopuloso, não adianta forçarem gente... São Paulo nunca produziu genialidade em musica, literatura e cinema etc. É essencialmente um estado de consumidores ordinários. Até Sergipe produz mais originalidade. Paulo Francis dizia: "Se São Paulo deixasse de existir, ninguém no mundo notaria".

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    15. 22:38 Pardo só é preto a hora que vai disputar vaga de emprego comigo kkkkkkkkkkkkk

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    16. 08:09 Releia Paulo Francis hoje e verá que 90% das projeções daquela "bonequinha travada" não se confirmaram.

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    17. 23:32 Tem pessoas que não são mais estúpidas por falta de espaço.

      (1) Quer dizer que uma representação do real vai transformar o que???

      (2) Vitimismo, oh Fernanda rol...dei quantos pecados cometidos em seu nome, neguinha.

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    18. Nada disso, Francis dizia que SP não depende do Brasil, anda sozinho.

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  2. chorei no trailer. tem cura?

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  3. Realmente faltou a "colaboradora" negra preta ou parda...

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  4. Gente, é tão raro aparecer um bom filme brasileiro. Quando aparece vocês precisam reclamar de alguma coisa? Cada personagem tem seu lugar de fala. O tema é classe média, branca, educada, heterosexual, família, paulistana. Não tem banqueiro, não tem negro, não tem mineiro, porque não cabe na história, santodeus

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    1. Coloque-se um personagem que não faça parte da família, então.

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  5. De longe o melhor filme brasileiro do ano até agora e bastante subestimado.

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  6. O filme vai pagar o preço de ter como protagonista a mala da Maria Ribeiro, uma pessoa publicamente insuportável e sem carisma algum.
    Miscasting, lide com isso.

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