quarta-feira, 12 de julho de 2017

McFILME FELIZ


"Fome de Poder" passou nos cinemas brasileiros em plena época do Oscar. O filme estava até cotado para algumas indicações, mas não levou nenhuma. E quando eu finalmente me dispus a vê-lo, já estava confinado aos shoppings da periferia. Mas agora está disponível na Netflix, e é recomendado a quem tiver preguiça (tipo eu) de ler "O Capital": está lá o capitalismo, em todo seu horror e glória. A história é nada menos do que gênese do McDonald's - não a lanchonete em si, mas a rede de franquias que se espalhou pelo planeta inteiro. E o personagem central, Ray Kroc, não criou a linha de montagem dos hamburgers, mas enxergou nela um potencial que escapava a seus inventores, os irmãos McDonald. Na primeira hora do filme, Kroc é um chato entusiasmado, que de fato expande os negócios e faz muita gente feliz. Mas a partir da metade ele passa a se comportar como um magnata do Banco Imobiliário, quebrando contratos e se aproveitando de pequenas brechas, até se apossar da marca bilionária sem ter que pagar muito por ela. Michael Keaton continua sua ressurreição em mais um papel onde brilha, apesar de Kroc não ter exatamente um arco dramático. Quem muda é o mundo ao redor dele, e para sempre. "Fome de Poder" é ainda mais interessante neste momento, quando o fast-food chegou ao seu limite e já começa a se retrair. Amo muito tudo isto.

21 comentários:

  1. Das Kapital é muito amor. Excelente diagnótico, prognóstico irrealista apenas. Mas tb Marques não era vidente, vamos combinar.

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    1. Esse comentário é muito amor! Não criticou Marx rebaixando a pessoa dele e o pensamento/ideias dele! Apenas disse que o estudo feito por ele mostra certinho como funciona o capitalismo, mas erra ao prever o socialismo e o comunismo como alternativas melhores que ele! Não é como alguns que vinham aqui época do impedimento rebaixar quem é de "esquerda" e que lê Marx.
      Nick

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    2. A velha esquerda que quer controlar e regular toda e qualquer oposição à sua sanha por hegemonia. Ai, ai...
      Nick, você já se declarou mortaNdela. Sua opinião é mais que suspeita. If you know what I mean. (Estivemos sempre te observando, caboclinha do Cerrado).

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    3. 15:11 Doentes como você que tornam o Brasil um país doente.

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    4. 19:59 Melhor Jair se acostumando KKKKKKKK

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    5. Anônimo das 15:11 se aqui tivesse dislike o Sr já sabe onde estaria seu comentário. E a sanha hegemônica não é apenas monopólio da esquerda! Ao anônimo abaixo que disse "Deveriam ler o "Caminho da servidão", do Haeyk". Haeyk é um grande pensador, assim como Marx. O pensamento dos dois influenciam o debate político e ideológico até hoje, como podemos ver nos comentários aqui! Apesar que "militantes" dos dois lados só emburrecem o debate, como podemos ver aqui mesmo! Ao anônimo das 16:25 que disse "Melhor Jair se acostumando", acho que o Tony deveria dar uma resposta certeira a esse indivíduo que vem no blog dele dizer uma coisa dessas!
      Nick

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    6. Típico do Nickelodeon isso de chamar a mãe quando a coisa aperta. Se defenda sozinho, abobado.

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    7. Típico de alguns anônimos bolsominions (14:53), não acrescentam nada e se sentem protegidos por trás de um computador!
      Nick

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    8. ai a direita burra brasileira que não leu Adam Smith mas quer criticar quem leu Marx...

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    9. 14:53 Mãe??
      As bichas só tiveram uma mãe, quem souber que diga o nome:
      1. Andréa de Maio
      2. Condessa
      3. Brenda Lee




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    10. Só Juanita leu. Só ela é ilustrada. Só ela conhece A Verdade. Que vergonha, Deus.

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  2. Nick, hehehehe...preguiça. Já não estamos mais nessa fase do capitalismo, ele deixou de ser produtivo. O capitalismo financeiro é o inferno em que vivemos.

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    1. "o inferno em que vivemos"...

      PQP

      A pessoas deste planeta nunca tiveram tanta comida à disposição. Os males da obesidade já superam o da subnutrição em quase todos os paìses, menos nos comunistas, claro.

      Além disso, nunca houve tamanho acesso à educação formal, às facilidades urbanas e à informação, tudo possibilidado pelo perseguido e mal afamado capitalismo malvadão. Essa figura da 14:07 deve preferir a prisão na ilha cubana, com comida racionada e informação controlada. Vai entender... Só pode ser doença mesmo.

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    2. 15:05 Nada melhor que ser branco Cis e hetero, fazer o que

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    3. 16:03 Tente ser gay em Cuba, na Coréia do Norte, ou longe do capitalismo de matriz liberal (no sentido europeu da palavra). Boa sorte!

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  3. As seguidoras da seita marxista já apareceram. Nunca leram a bobagem vermelha e se leram não entenderam lhufas. E nem adianta demonstrar as sucessivas falhas de diagnóstico da doutrina, evidenciadas no século XX, crente que crê de verdade não dá ouvidos a heresias.

    Deveriam ler o "Caminho da servidão", do Haeyk, para despertar da hipnose, mas essas macacas são felizes assim.

    Segue o barco. Por essas e outras que esse país não vai. O alçapão do fundo posso nos espera. Sigamos.

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    1. do poço (maldito corretor)

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    2. 14:54 O homem feudal dentro da classe média equatoriana.

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    3. De fato, não li todo O Capital, mas li um bom pedaço. Li também A Ideologia Alemã, as Teses sobre Feuerbach, o 18 de Brumário de Luís Bonaparte, a Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado de Engels. É claro que o prognóstico marxista errou muito. Mas minha leitura é o contrário da sua. O Capital é 90% análise histórica e econômica. A maioria das pessoas leu O Manifesto Comunista e acha que a teoria marxista se limitava àquilo, a um manifesto a uma projeção do que aconteceria no futuro (a qual, de fato, era bastante equivocada). Mas esquecem da análise histórica e sociológica que são bem fundamentadas. Enfim, uma teoria, como muitas outras na sociologia, com coisas sensatas e outras não. Triste mesmo é achar que tem uma teoria "certa" e outra "errada", e chamar as pessoas que pensam diferente de macacas...

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  4. Além do mais não sou "marxista" ou "liberal" (Hayek). Para mim, olhando o globo terrestre e os países que fazem parte do planeta, e ainda a história do mundo e do homem, tenho evidências empíricas de que os melhores países e sociedades para se viver são as que seguem o welfare state e o keynesianismo (não o original, mas intervenção do estado conforme suas realidades)!
    Nick

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    1. "Tenho evidências empíricas". Nunca saiu do país. Deus por favor apareça.

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