sábado, 24 de junho de 2017

FRANTZ CAFÉ


François Ozon é um dos meus cineastas preferidos. Eu nunca menos que gostei de um filme dele, e alguns, como "8 Mulheres" ou "Uma Nova Amiga", estão entre os que eu vou levar para a ilha deserta. Seu penúltimo trabalho, "Frantz", não entrou para este seleto clube, mas é uma beleza - e também um desafio. Nem todo mundo vai apreciar a história do francês misterioso que aparece colocando flores no túmulo de um soldado alemão, logo depois da 1a. Guerra Mundial. O cara se apresenta como amigo do falecido, mas é claro que ele esconde um segredo. A revelação acontece na metade, e não chega a ser uma enorme supresa. Daí para a frente, Ozon se afasta do filme mudo de Ernst Lubitsch onde se baseou, e "Frantz" se assume como uma jornada de autoconhecimento da namorada do morto. Paula Beer está luminosa no papel, fazendo um bom contraste com o esguio Pierre Niney. Há alguns finais falsos, e eu me perguntei onde que Ozon queria chegar. A resposta é: na cor, que aparece de vez em quando entre tanto preto-e-branco.

Um comentário:

  1. Filmão. Clássico, Noir, lindo. A atriz igualmente linda, lembrou-me Nastassja Kinski. Super recomendo

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