"Stefan Zweig: Adeus à Europa", o representante da Áustria no último Oscar, é sério candidato ao título de filme mais chato do ano. A diretora Maria Schrader, uma conhecida atriz alemã, pelo jeito nunca ouviu falar em elipse. O exílio do famoso escritor é contado em seis cenas longuíssimas, algumas delas absolutamente triviais, onde parece que o assistente que deveria gritar "corta!" foi ao banheiro e nunca mais voltou. Também há um certo ruído para nós, brasileiros, por causa dos muitos atores portugueses tentando falar com o nosso sotaque, e das locações na tropicalíssima ilha africana de São Tomé, querendo passar pela elegante Petrópolis. O pior de tudo é que, justamente no final (ou "epílogo", segundo o roteiro pretensiosamente literário), há uma elipse de arromba. (SPOILER) Zweig e a mulher já aparecem mortos na cama e ninguém se dá ao trabalho de explicar porque o casal, que fugia do avanço do nazismo, foi se matar num lugar onde estava a salvo. OK, ele deixou uma carta justificando o suicídio, mas o espectador não é obrigado a saber disso. Aliás, é melhor o espectador nem sair de casa.
Zweig é dos meus escritores favoritos e Hollywood nos deve uma cinebiografia deste escritor genial que figura entre Mann e Musil - relembrando que o premiadíssimo 'Grande Hotel Budapest' de Wes Anderson foi inspirado - dentre outros contos do autor - no livro 'A sociedade das chaves cruzadas'. Hj tô mais culto que a Tonyah
ResponderExcluirDesculpa Tony mas como levar o Oscar a serio? Vi que Nicole Kidman e Dev Patel foram indicados como atores coadjuvantes, entao quem seria o ator principal? #oscarnaoéumapremiacaoseria#
ResponderExcluirNicole Kidman é mesmo coadjuvante em "Lion", porque o protagonista é o garoto indiano. O problema é que esse personagem é interpretado por dois atores diferentes. Como Dev Patel, que faz o protagonista quando adulto, só aparece na segunda metade do filme (tem relativamente pouco tempo de tela), a Academia aceitou que ele concorresse como coadjuvante.
ExcluirMais grave ainda é o caso de Viola Davis, que é a atriz principal de "Fences" mas concorreu (e ganhou) como coadjuvante para escapar da concorrência de Emma Stone.
Obrigado querido pela atencao!!!
ExcluirA desculpa para filmar em São Tome e Príncipe foi que estava no mesmo fuso que a europa central e Petrópolis "tinha mudado muito de 42 pra cá". Oi? Petrópolis tem a mesma cara desde 1850! A casa dele inclusive está lá e virou museu dele. O motivo verdadeiro: orçamento.
ResponderExcluirFicou péssimo. São passagens longuíssimas com pulos entre elas e eles pulam o porquê dele ter se matado.
O curioso é que quando foram filmar a minissérie baseado no livro "Equador", cuja ação se passa em São Tomé e Príncipe, vieram para o Brasil, porque o arquipélago não oferecia condições de alojar uma grande equipe de filmagem.
ExcluirPredizendo o próximo post-bafo do Tony: Macron sem camisa na capa da Garçon Magazine.
ResponderExcluirHahaha, sem dúvida vou usar esta imagem para celebrar a vitória do Macron no domingo (toc, toc, toc). Mas é obviamente uma photoshopada.
ExcluirVale a pena ler a autobiografia!
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