sábado, 13 de maio de 2017

O NOBEL DA BOLUDEZ


Só mesmo a Argentina para fazer um filme onde um escritor seu ganha o Nobel de Literatura. Mais argentino ainda é esse escritor imaginário fazer um discurso na cerimônia de entrega reclamando de ter ganho o prêmio. É a boludez em estado puro, essa arrogância típica dos nossos vizinhos do sul. Mas, apesar desse começo aparentemente sério, "O Cidadão Ilustre" é uma comédia ácida, que critica tanto o pedantismo do famoso autor quanto a caipirice de sua cidade natal, para onde ele volta para dar um curso e receber homenagens. O choque cultural é enorme - e engraçadíssimo. Claro que há os reencontros previsíveis: a ex-namorada, o melhor amigo, a professora. Só que vilarejo não perdoa o fato de seu filho célebre ter se tornado um homem de gostos sofisticados. Os mal-entendidos logo descambam para a violência, e o filme termina em chave séria novamente. "O Cidadnao Ilustre" foi o representante argentino no último Oscar, mas não foi indicado. Mais um erro da Academia.

18 comentários:

  1. Achei a resenha do Tony melhor que o filme.

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  2. O mio babbino caro
    Qual a dificuldade do cinema brasileiro, ser incapaz de produzir obras com o mínimo de densidade, vejamos o que foi Relatos Selvagens.

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  3. Esse ator, Óscar Martínez, protagoniza uma das histórias do excelente filme "Relatos Selvagens".
    Que inveja enorme tenho do cinema argentino..... :(

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  4. Aos poucos o Nobel vai perdendo a credibilidade do ontem, para no hoje passar a ser cada vez mais: descartável quando deu em 2009 o premio nobel da paz ao presidente de um país que promove a guerra

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  5. Prêmio Nobel, é uma fanfarrice. Nunca consegui entender o critério, além é claro, de ser meramente político e estratégico

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  6. Que o Nobel é controverso, até os ossos de seu criador sabem. Alfred Nobel inventou a dinamite.

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    1. Jean-Paul Sartre, um dos grandes romancistas e homem de tremendo insight sobre a psicologia humana, recusou o prêmio Nobel. Ele disse, ‘Eu recebi recompensa suficiente enquanto estava criando o meu trabalho. Um prêmio Nobel não consegue acrescentar coisa alguma a isso – ao contrário, ele me joga para baixo

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  7. O premio Nobel é uma Boludez Dom Helder Câmara foi indicado quatro vezes para o Prêmio Nobel da Paz. Em 1970, era o favorito absoluto, porém, após eficaz e silenciosa campanha promovida pela ditadura militar brasileira, o prêmio , contrariando as expectativas gerais, foi para o professor norte-americano Norman Borlaug, que realizou pesquisas com cereais. Em fevereiro de 1974, entidades de vários países – Alemanha, Holanda, Suécia, Bélgica, Dinamarca, entre outros – agraciaram Dom Helder com Prêmios Populares da Paz, como uma espécie de resposta pela insistente não-premiação pelo Nobel. Com o dinheiro – cerca de 300 mil dólares – foi comprado um engenho, de 810 hectares, para promover assentamentos rurais.

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    1. Tá na cara que esses quatro últimos comentários foram escritos pelo mesmo descompensado, que esqueceu de tomar o remédio e não percebeu que o post não é exatamente sobre o prêmio Nobel.

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  8. Voltando então ao filme: esses argentinos são mesmo uns hijos de la madre. Por quê os hermanos fazem filmes tão bons e originais - é quase sempre simples -, com roteiros tão interessantes, artistas competentes, direção firme e nóis...
    O Cinema Novo foi, junto com o PT e a esquerda festiva, heranças malditas da ditadura. Quem tem saco para ver aqueles filmes hoje?

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  9. No Brasil só temos comédias bobas ou filmes de diretores pernambucanos chatos, baseados em subvenção do governo, que não conseguem esconder o ranço e a pretensão pseudo-intelectual.
    Temos muito que aprender com o cine argentino, que é profundo e ao mesmo tempo popular...

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    1. E ainda bem que tem o cinema pernambucano porque o resto é tudo comédia com cara de Zorra total com Ingrid Guimarães e Leandro ossum da grobo

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    2. Ah tá, aqueles filmes que ninguém assiste, são mal feitos e direcionados a um público minúsculo?
      Se fossem Bons mesmo, com B maiúsculo, agradavam a gregos e troianos, como por exemplo "Central do Brasil", "Cidade de Deus", "Bye Bye Brasil" e "Tropa de Elite". O resto são chorumelas.

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    3. Adoro quando esse pessoal coloca a pública no público brasileiro... se o cinema brasileiro estivesse numa boa fase, o público não precisava assistir a estas comédias estilo Zorra.
      Quando o filme é bom mesmo o público sabe reconhecer, não essas bombas pedantes e mal diagramadas.

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  10. "Onde" é usado para se referir a lugar. O correto seria "no qual"...

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