Todo ano, o júri do festival de Cannes parece fazer questão de dar um prêmio importante a algum filme execrado pelo público e pela crítica. Em 2016 esta honraria dúbia coube a "Personal Shopper", que levou a palma de melhor diretor para Olivier Assayas. Trata-se apenas de uma punheta cósmica ao redor de Kristen Stewart, por quem Assayas se fascinou em seu longa anterior, "Acima das Nuvens". Criou então um fiapo de roteiro que não exigisse muito do estilo underacting de sua nova musa. A protagonista da saga "Crepúsculo" faz pouco mais do que carão como uma moça que recebe mensagens em seu celular de alguém que se faz passar por seu irmão gêmeo, morto há pouco. E fica tão apavorada como quando descobre que o modelito que foi buscar em Milão para sua patroa, uma socialite famosa, não é do número dela - ou seja, quase nada. Existe o gênero terror-chic, com produção requintada e figurinos de grife. "Personal Shoppers" bem que gostaria de ser isto, mas não sai da pose.
Underacting seria um ator (atriz) com pouca expressão dramática? Indo pelo caminho de uma má representação? Pergunto porque procurei pelo significado aqui na net mas fiquei confuso sobre o real significado da palavra.
ResponderExcluirExiste uma expressão antiga em inglês chamada "overacting": atores exagerados, que fazem cara e bocas acompanhadas por gestos grandiloqüentes/ Al Pacino, por exemplo, apesar de ser excelente, de vez em quando descamba para o overacting.
ExcluirUnderacting é o contrário: atores que não mudam muito a expressão nem o tom de voz. Às vezes passam por sutis, outras, por ruins mesmo. O paradigma do estilo é o Harrison Ford, quase sempre impassível. E Kristen Stewart, que quase não ri nem chora, vai pelo mesmo caminho.
Obrigado. Agora entendi.
ExcluirO mio babbino caro
ResponderExcluirNão quero ter você como inimigo nunca rs
Esse filme me lembrou aquele francês com o Gerard Depardieu e Isabelle Huppert, que você me fez assistir por causa de seu post, chato para caramba! rsrs
ResponderExcluirPela sua explicação a Isabelle Huppert e quase todas as francesas são underacting rsrs, seu lindão!
tonyah sempre didática
ResponderExcluirOi Tony, ultimamente tem estado bem de rabo preso com a Globo né? Evita polêmicas a mais é só uma coluna falando de audiência. Kd opinião sobre o caso ze mayer?
ResponderExcluirO Tony é mais Folha do que Globo
ExcluirSim, porque sou ex-funcionário da Globo, mas continuo colaborando com a Folha. Mas, acima de tudo, não sou um imbecil desinformado que vê conspirações onde elas não existem.
ExcluirCorreto!
ExcluirOi? Rabo preso? O que foi que você bebeu?
ResponderExcluirAs acusações contra o Zé Mayer são graves. Mas por enquanto são só isto: acusações. Faltam provas, faltam testemunhas, faltam outras mulheres abrirem a boca (o que é comum nesses casos). Não conheço o Zé Mayer pessoalmente nem tenho porque protegê-lo, mas é leviandade sair jogando pedra sem saber mais. Não, não vou entrar na histeria das redes sociais.
Torne-se mais feminina, mais doce e delicada. Seu ego está dizendo a você: "Seja forte, seja masculina, seja isso e aquilo". Não vá nessa viagem machista, esqueça isso. Seu ego está julgando, A mina tem provas , porém para as garotas que viram o assedio ,era somente uma cantada . E o povo diz esta mulher é cheia de mimi . Ela não é fraqueza, é delicadeza. É suavidade o que o povo chama de fraqueza na mulher. O ego sempre acha que suavidade é fraqueza. Por isso é que as mulheres ao longo dos séculos têm sido considerada seres do sexo frágil. Não é verdade, é simplesmente falso. Larguem essa palavra "fraqueza", simplesmente chame-a de suavidade, feminilidade e permita-se ser assim. Isso é lindo!
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