Quando eu era pequeno, não existia carnaval de rua em São Paulo. No Rio, só os cordões tradicionais desfilavam pelo centro da cidade, como o Bola Preta ou o Bafo de Onça. A folia rolava em ambientes fechados e pagos, como o desfile das escolas de samba ou os bailes em clubes que faziam a alegria das revistas. Aí surgiu a Banda de Ipanema; mais para a frente, o pessoal do Sudeste começou a frequentar os carnavais nordestinos, que nunca se escondeu entre quatro paredes. De uns quinze anos para cá, os blocos se metastizaram no Rio e finalmente alcançaram SP. Ao ponto de eu ter encontrado uma amiga carioca que tomou a Ponte Aérea neste fim de semana só para pular no Baixo Augusta. Só eu é que não consigo me animar. Talvez por ter tido que trabalhar no domingo, talvez por não ter no DNA - só sei que a empolgação esbarra em mim como a gordura numa frigideira de Teflon. Até fui dar uma espiada na concentração do Baixo Augusta, a uma quadra da minha casa, mas não deu liga. Culpa da luz do dia? Culpa do cheiro vil, já àquela hora da tarde? Mais provavelmente, culpa da minha sobriedade. É a mesma coisa com as boates: preciso chegar já meio bêbado, se não fico achando todo mundo feio e pensando no que é que eu esou fazendo ali.
"metastizaram" é ótimo. vou usar amiúde.
ResponderExcluirabraços
Me dê a mão .
ResponderExcluirvc me representa
ResponderExcluirO mio babbino caro
ResponderExcluirFico na minha enquanto vejo o pessoal se acabando. Você deixou de citar um dado para a falta de animação. A idade. Essas fita, bloco, Boates, é coisa mais pra novinho. Congênito.
O comentário é Diboa
Excluir"achando todo mundo feio"... Você que é lindo, né?
ResponderExcluirSim,
Excluirkkkkkkkkkkkk muito bom
ExcluirLingo e gostoso. Não provei, mas sei.
ExcluirMas isso é todo mundo, não? Tirando um caso raro ou outro, o povo nessas festas (e nas baladas) tá sempre bêbado e/ou drogado. Quando topo encher a cara, aguento um pouco. Mas a verdade é que quase sempre tenho que fazer um esforço hercúleo pra sair de casa.
ResponderExcluirCompartilho da mesma opinião, Tony! Tão bom agora não me sentir o único!
ResponderExcluirNo início, antes de "metastisarem", o Rio tb era assim, tanto que na minha adolescência eu raramente ficava na Capital... Conheci o Carnaval de rua do Rio mesmo em 2001, depois de conhecer a Banda de Ipanema, Carmelitas, Bloco das Kengas, Bola Preta e por aí vai... Depois veio Farme e Bofetada, além das festas eletrônicas e The Weeks... Mas agora só me rendo a uma ou outra Pool Party e muito Netflix... vejo com bons olhos essa música migração do Carnaval para Sampa, seria mais uma opção:D
ResponderExcluirCriCo, por que omitir a bagaceira do Elite, antes do after da The Week, quando você era mais jovem KKKKKK
ExcluirElite é rito de passagem gay carioca
Excluira verdade é que o carnaval é a festa do mijão. Bom, pelo menos aqui nessas terras, o carnaval é uma imensa concentração de bêbados com vontade de mijar
ResponderExcluirÉ a mesma coisa com as boates: preciso chegar já meio bêbado, se não fico achando todo mundo feio e pensando no que é que eu esou fazendo ali. +1
ResponderExcluirIgualzinho a mim...
ResponderExcluirPreciso tomar umas para entrar na brincadeira.