sábado, 17 de dezembro de 2016

AMERISSAGEM AMERICANA


"Sully" faz uma puta força para transformar um voo que durou três minutos e meio num longa-metragem - e não é que consegue? É o melhor filme de Clint Eastwood desde sei lá quando, com mais uma interpretação sutil de Tom Hanks. Heroísmo sem patriotada, uma raridade na carreira do diretor. O roteiro foca na investigação que se seguiu ao famoso pouso no rio Hudson, e a emoção aflora mesmo com a gente sabendo como tudo se passou. O que não estava tão claro para mim era o fato do piloto Chesley "Sully" Sullenberger não ter sido tratado como um herói pela indústria aérea nos dias seguintes ao acidente, em janeiro de 2009. A companhia e a seguradora, afinal, não estavam muito felizes dele ter afundado um avião nas água geladas. Mas o melhor do filme é mesmo a recriação da amerissagem, vista tanto do ponto de vista dos passageiros como do da cabine. Só mesmo o cinemão americano é capaz desses prodígios. A ponto de eu ter chorado quando o protagonista recebe a notícia de que todas as 155 pessoas a bordo se salvaram. Talvez eu ainda esteja sob o efeito da tragédia da Chapecoense?

2 comentários:

  1. E o filme tem só 1:30h. Ainda bem. Esticar essa história pra 2h ou mais mataria o filme.

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