Mais uma vez, as pesquisas falharam. O Partido Pirata, apontado como favorito até a véspera da eleição na Islândia, chegou em terceiro lugar. Mesmo assim, viu seu número de cadeiras no Parlamento crescer de três para dez. E, o mais importante: chamou a atenção do mundo para esse movimento, que começou em 2006 na Suécia e já chegou até ao Brasil. Os piratas são o que há de mais novo na política, e bastante difíceis de enquadrar no espectro tradicional direita-esquerda. São pelo estado laico, pela liberdade de expressão, pelo direito à privacidade, pela neutralidade da rede, pelo ativismo hacker, pelo livre acesso e compartilhamento da cultura e do conhecimento. Isto quer dizer que jamais pagarão direitos autorais? E como gestariam o dia-a-dia, tendo que lidar com problemas comezinhos como saúde, educação e transporte público? A Islândia teria sido um bom laboratório para porem em prática suas ideias, pois é um país de apenas 300 mil almas e com um elevado padrão de vida. Mas é difícil ver essas ideias algo esotéricas pegarem num lugar onde falta tudo como o Brasil. Os Piratas fazem parte dessa nova onda política que está surgindo pelo mundo, com siglas como o grego Syriza, o espanhol Podemos e o italiano Cinque Stelle. São ainda mais radicais que esses grupos, e por isto merecem atenção. Eu, pelo menos, fiquei bastante interessado.
Pq no Brasil seria difícil?
ResponderExcluirPq não surgiu nenhuma liderança nesses moldes por aqui?
Na minha mesa até as 17
Nos estados de língua alemã que formariam o futuro Império Alemão, não havia direitos autorais. Qualquer um podia copiar e distribuir obras que, por exemplo, na Inglaterra teriam que pagar direitos autorais. Isso permitiu uma rápida industrialização, e pouco após a unificação, o Império Alemão já era a potencia mais poderosa da Europa (excetuando a marinha que perdia para a inglesa)
ResponderExcluirHoje em dia você baixa qualquer torrent na Alemanha e recebe uma multa de, no mínimo, 3 dígitos de euros.
ExcluirEu sou outro interessado, principalmente porque o partido surgiu a partir de ideias de pessoas como o pessoal do The Pirate Bay, notório site de pirataria em torrent que tentam derrubar, mas sem sucesso duradouro.
ResponderExcluirO crescimento da Internet permite uma troca de informações sem precedentes. Muitos desses novos partidos reconhecem essa força e não ignoram o clamor das massas online. Já está aí uma boa ideia para um episódio de "Black Mirror".