quarta-feira, 21 de setembro de 2016

GOSTEI TANTO QUANDO ME CONTARAM

Pelo segundo ano seguido, fui convidado a assistir da plateia à entrega do Prêmio Bibi Ferreira, que festeja os melhores do teatro musical. A cerimônia foi transmitida ao vivo pela internet, mas merecia ter sido exibida por algum canal de TV, ainda que a cabo. A produção está cada vez mais requintada, e assumidamente calcada nos similares americanos. Até um segmento "in memoriam", homenageando os talentos que se foram, foi incluído (e o público podia ser orientado para aplaudir só no final, para não virar um concurso de popularidade). Como das outras vezes, a hostess foi a super competente Alessandra Maestrini, e trechos dos cinco espetáculos indicados ao prêmio máximo foram reproduzidos na íntegra, com os elencos originais. Como também é costume, produções 100% nacionais concorriam com franquias importadas da Broadway. É justo? Não, se você pensar que estamos comparando réplicas do que já passou por lá com novas criações nossas; sim, se lembrarmos que o pessoal que trabalha nos musicais é uma grande e mesma turma. E o resultado final não foi nada controverso: "Gabriela" ganhou como melhor musical brasileiro, "Wicked" ganhou como melhor musical period. Mas o melhor momento da noite acabou sendo totalmente velha guarda: depois de reeber um justíssimo tributo, a fabulosa Suely Franco cantou, acapella e com todo seu talento de atriz, uma versão arrasadora de "Vingança", de Lupicínio Rodrigues (aquela do "eu gostei tanto, tanto quando me contaram..."). Se aparecer este vídeo, eu posto aqui.

10 comentários:

  1. Não boicotaram nem xingaram a Maestrini, mesmo depois de ela ter dito que o governo Dilma tentou intimidá-la? Que progresso na classe artística.

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  2. Por acaso no momento que homenagearam os artistas que se foram , "in memoriam", homenagearam esse artista que foi levado pelo Véio do Rio?

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  3. Sueli Franco fez Somos Irmãs no teatro ela era a Linda Batista e Nicete Bruno era Dircinha Batista inesquecível peça teatral e muito triste por sinal o fim de vida das duas irmãs cantoras.

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    1. Acho que "Somos Irmãs" foi o melhor musical brasileiro que eu vi até hoje. Tristíssimo, mas sensacional.

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    2. Eu tb assisti esse musical. Foi realmente maravilhoso. Faz muitos anos. Acho que uns 10 anos atrás num teatro na praça Tiradentes no Rio.

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  4. A maioria dos musicais nacionais e internacionais são dolorosos de assistir e ouvir para que entende de musica. A maioria quase absoluta dos atores tem uma voz pequena para musica .

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    1. Você não tem ido a muitos musicais recentemente, tem? Há toda uma galera nova que não só canta para caralho como também dança e atua muito bem: Giulia Nadruz, Fabi Bang, Myra Ruiz, Patrick Amstalden...

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  5. Brasileiro se metendo a imitar coisa de norte-americano é a coisa mais cafona do mundo... Tapete vermelho, homens de pinguim, mulheres vestindo longos em lojinha de aluguel da José Paulino, aquele perfume horroroso que se anuncia a kl, tudo muito uó... Sem falar que detesto musical, sempre a mesma estorinha infantil e tralálálá...Mas até fui nesse prêmio só pra poder ver a deslumbrante Maestrini e, tb, Suely Franco, atrizes de verdade.

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    1. Muito interessante seu comentário! Só fiquei me perguntando e foi fazer o que lá, se acha a coisa mais cafona do mundo?
      E principalmente se odeia musical!!
      Tem gente que só a psicologia explica!

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