quarta-feira, 24 de agosto de 2016

TIRO NA PRÓPRIA PRÓTESE

A intenção era até boa. A ideia partiu da Cleo Pires, que é embaixadora da Paralimpíada. A sessão de fotos contou com a presença de dois paratletas, que adoraram a iniciativa. Mas como é que não teve ninguém - nem na revista Vogue, nem na agência África, nem entre os vários talentos que trabalharam no projeto - que desconfiasse que essa imagem pegaria mal? Imagina se fossem Carolina Dieckmann e Rodrigo Hilbert usando blackface para a campanha #SomosTodosNegros? Fora que quem está precisando de visibilidade são os paratletas, não os atores globais. Enfim, não vou jogar pedra, porque equívoco a gente comete o tempo todo e as pessoas andam sensiveizinhas demais. Além disso, qualquer polêmica que transforme a Paralimpíada em assunto é válida.

30 comentários:

  1. E a Cleo Pires está numa rampage tour de divulgar vídeos rolando os olhinhos chamando todo mundo de hipócrita (a palavra mais estuprada da língua portuguesa no século XXI).
    Pegando a pipoca.

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    1. 16:18 Pelo seu comentário, o "estuprador" da língua é você.

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    2. E qual é o certo, miga?

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    3. Não basta fazer a moderna, é preciso dominar os malabares antes de tentar a pirueta.

      ;)

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  2. O erro maior é colocar Cleo Pires, como embaixadora da Paralimpíada.

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    1. Com certeza. Só a Vogue para querer glamourizar a deficiência humana.

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  3. Discordo...pra mim foi o mesmo efeito que a atitude de Bruno Gagliasso e João Vicente quando deram um beijo na boca durante o prêmio "Homem do Ano"... Alguém achou ruim, a não ser os homofóbicos?
    Visibilidade é sempre bom.
    Gente famosa tem que usar a sua fama pra boas causas mesmo...

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    1. Querido, a única coisa que teve visibilidade é a palhaçada que se tornou a mídia. O evento já estava com grande visibilidade ontem. Hoje toda discussão bacana sobre a relação entre esportes e deficientes se tornou mais um fla-flu midiático que tira a atenção das pessoas para o evento e os atletas.
      Cléo Pires é o Ryan Lotche da edição paralimpica da Rio2016.

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    2. "Cléo Pires é o Ryan Lotche da edição paralimpica da Rio2016."

      Digaí a que ponto chegamos. Passo a torcer por invisibilidade total pra quem precisa. Pq vcs são chatos demais.

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  4. Não é mais impressão errada. Isso é a prova de que as pessoas perderam o senso de ridículo. São fotos e poses péssimas para Instagram. Beiços inchados de preenchimento. Tudo pela popularidade. A novidade dessa vez é as pessoas se passando como deficiente físico para conseguir algumas curtidas. Existe algo pior que isso?
    E breve veremos pessoas mancando nas áreas VIPs achando que é politicamente correto fingir ser deficiente para poder apoiá-los.

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    1. kkkkkkkkkkk. Conheço vários cegos no camarote depois que pegam o boy pesadelo.

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    2. MeLdeLs!

      A bicha traumatatizada com os camarotes ataca novamente, mas desta vez ela acertou e postou como anônima.

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    3. Pois é, tava bom até demais pra ser verdade. O Rio2016 tratou de banir todos os camarotes VIP, blogueiras fashion, digital influencers, cafonices similares e...etc...durantes os jogos. Não teve cercadinho e o pessoal perdeu a cabeça e apelaram para usar deficientes físicos pra garantir espaço na mídia.

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    4. Baniu os camarotes VIP? Imagina! E onde que você acha que ficaram todos os reis, príncipes, presidentes e membros do COI que vieram ao Rio?

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    5. Tony, finalmente encontraram VIPs de verdade que justificasse um camarote.

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  5. "porque equívoco a gente comete o tempo todo e as pessoas andam sensiveizinhas demais"

    Gotcha!

    O problema é a nossa classe média de esquerda ressentida entender que tamanho melindre nem mesmo combina com o Brasil. Ficam importando conceitos prontos de outras culturas e não se dão conta da inadequação.

    #MentalidadeColonial

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  6. Não entendi tony. como vc pode achar a propaganda desastrosa mas válida????

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    1. Porque estamos falando de pessoas com deficiência física, ao contrário dos outros 364 dias do ano.

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    2. Tb nao entendi ainda.

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  7. até parece que não havia nenhum deficiente real para usar na campanha, né? Realmente não dá para acreditar no amadorismo desse pessoal.
    Bom, a única coisa digna que a Cleo Pires pode fazer agora é arrancar o braço fora para se adequar à imagem que ela tanto quis passar.

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  8. Solicito que as pessoas que precisam ver a Cleo Pires para ir a um evento que não saiam de casa.

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    1. bom, tem uns que não saem mesmo. Sabe como é, problemas de mobilidade.

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  9. Que é Cleo Pires? Ah me lembrei é filha da “Não sei opinar” que detesta teatro e daquele cantor decadente e machão que só sabe casar e fazer filhos

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  10. A Cléo entrou na novela das 7. Que coincidência, não?

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  11. Simplesmente ficou impossível viver. Não se pode fazer NADA sem ser patrulhado. Tem sempre alguém mortalmente ofendido. Porra, é óbvio que a intenção foi boa e atraiu visibilidade. Ainda tiveram o cuidado de consultar paratletas na elaboração da peça. Mas tudo virou um ninho de vespa tão gigante que aguardo o retorno de comerciais de margarina apenas com famílias de gente branca e loura.

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    1. O inferno tá cheio de gente com boa intenção. O problema é usar deficientes, pobres e crianças doentes para se promover.

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    2. Mas a Cléo e o Paulinho não se promoveram, e sim a causa dos deficientes; o problema no Brasil de hoje é que ser bondoso e agir com boa intenção, viraram motivos de chacota, assim como ser honesto, respeitar as leis, etc...

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  12. A ideia não seria mostrar que qualquer um podia estar nessa situação? Que mal há nisso? Vão catar problemas de verdade.

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  13. Como de praxe, a turminha do 'nunca fiz nada pra ninguém mas critico tudo' atacou novamente.
    Que vidinha de merda de gente que só levanta a voz na hora de ser jurista de internet.

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  14. Duvido que a ideia tenha sido da Cleo Pires... até parece que uma agência do porte da África e uma revista como a Vogue vai perguntar o que a modelo acha. Isso tudo é planejado antes e por quem é para ter as ideias.

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