domingo, 7 de agosto de 2016

GIGANTESCO FILME PEQUENO


Steven Spielberg filma em arrancadas. Passa três anos sem lançar nada, aí estreia três filmes em menos de dois anos. No meio deles há obras-primas e outras nem tanto, que são rapidamente esquecidas. Este é o caso de "O Bom Gigante Amigo", o primeiro filme infantil do diretor desde "E.T." - mas sem o mesmo encanto nem a mesma profundidade. A história vem de um livro de Roald Dahl, que criou clássicos como "A Fantástica Fábrica de Chocolate": uma órfã inglesa conhece o tal gigante do título, que na verdade é um tampinha perto dos monstros com quem vive numa terra distante. O coitado é vítima constante do bullying dos demais, e se alimenta apenas de uma verdura gosmenta que a boa tradução rebatizou de xuxubobrinha. Toda a primeira parte é meio aborrecida. A coisa só melhora quando os dois partem em busca da rainha Vitória, sem se darem conta de que estão no final do século 20 e quem está no trono é Elizabeth II. A visita a Buckingham é a única sequência que realmente vale a pena em "O Bom Gigante Amigo", que desapontou nas bilheterias americanas e ocupará um lugar apertado para seu protagonista grandalhão na variadíssima filmografia de Steven Spielberg. 

33 comentários:

  1. Só consigo chamar de Big Fucking Giant.

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  2. Olha, creio que a foto do Orlando Bloom fez o Blogger considerar teu blog uma página imprópria para menores de idades. Quando entro agora o Blogger dá o aviso de conteúdo sexual. Rsrs. Enfim, patético Blogger. Patético!

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  3. Aviso sobre conteúdo

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    ESTOU CIENTE E QUERO CONTINUAR Não desejo continuar

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkk, tempos modernos....

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  4. hoje em dia , a linha que divide a arte , é muito difusa. Quem decide o que é arte?, Quem diz, você é um gênio?, E quem diz que os outros não valem nada?

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    1. Para o que se enfrenta a obra , tudo parece mais fácil se o pintor pinta e o dançarino dança, se o filósofo filosofa. Você sabe onde estão os limites e se orienta por eles.

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    2. A arte com limite é artesania ou folclore

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    3. A verdadeira arte não entende de limites ou consequências

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  5. FILME PEQUENO GIGANTESCO7 de agosto de 2016 às 22:17

    O verdadeiro cinema, não necessita grandes dramas nem grandes cenários. A naturalidade da vida, pode ser mais esmagadora do que a melhor ficção.
    Acabo de assistir Mommy do diretor gay e Canadense Xavier Dolan , filmado em um formato de 1: 1, igual tela de celular. É uma técnica arriscada mas funciona, uma vez que o objetivo não é estritamente estético, e sim o ligado ao humor e sentimentos dos personagens. Consegue transformar o espectador em uma espécie de intruso do espaço íntimo dos protagonistas.

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    1. Adoro "Mommy", adoro Xavier Dolan.

      Aqui meu post sobre o filme:
      http://tonygoes.blogspot.com.br/2014/10/a-mae-de-todas-as-batalhas.html

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    2. Dolan, como todo cineasta cheio de si, faz merda tentando ser um gênio, ao invés de focar em ser um cineasta eficiente.

      O truque formato de 1: 1 é verdade que fica legal , mas no universo Dolan a sutileza não tem lugar,o filme é horrível ,histerica e afetada o tempo todo

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  6. Escrever e criar algo não necessita o ego, mas sim a magia das ilusões. Em A grande Beleza por exemplo tudo é ilusão. Nós vemos, e não vemos. Jap Gambardella é um observador sensível, simpático e honesto da classe alta Romana que assiste vários eventos, como jornalista e irônico voyeur. Talvez para gostar deste tipo de filme tem que ser um amante do cinema italiano. Em seus planos ressoa de Fellini a Scola.

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    1. O ego é hábil, astuto, rebuscado, muito inteligente, experto na arte de representar no teatro da convivência humana. É o melhor "ator" criado pela evolução. Ele tem uma imaginação exuberante e pode desempenhar o papel de ser o mais miserável da terra com a mesma firmeza e convicção com que minutos depois representará o mais feliz

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    2. Acho A Grande Beleza a cara da decadência de blogueiras, os cafonas digital influencers e subcelebridades de instagram.

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    3. "A grande beleza" é um filme extraordinário. Sua forma de abordar as cenas, o lirismo e as metáforas que faz com uma das mais belas cidades do mundo é um orgasmo para o espectador acima da media .. Uma historia antiquada, amores, e o declínio ocioso da aristocracia romana .Somente a Cidade Eterna é capaz de inspirar este tipo de filme tão seus

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    4. Paolo Sorrentino cria um personagem ( que protagoniza Toni Servillo com perfeição )digno de Woody Allen em “Roma com Amor

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  7. É claro que, nem todos tem o mesmo gosto. Cada vez que vejo um filme de Quentin Tarantino, vejo que ambos vemos o cinema da mesma maneira. Se ele não alterar o modo de fazer cinema, sempre terá em mim um seguidor fiel. Seus filmes é cine puro, diálogos inteligentes,violentos e divertidos e as interpretações são excelentes.

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    1. Tarantino é Daora . Uma Thurman na pista de dança com John Travolta.Que cena em que ela diz a Travolta” Eu acredito que meu marido, seu patrão, mandou você me levar para sair e fazer tudo que eu quisesse. Agora quero dançar , quero vencer, ganhar aquele troféu, então dance direito” Ela o leva para pista de dança , é inesquecível...Em Pulp Fiction , Tarantino mudou a cara do ator Travolta que estava na sarjeta da indústria Hollywoodiana.

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    2. Tarantino não escreve a historia , simplesmente rir dela.

      Em minha opinião “Bastardos inglórios” é o seu melhor filme é inteligente, uma brincadeira incomparável.

      Fiel totalmente a seu estilo deixa claro que a mediocridade é para outros diretores medíocres e tira o melhor de seus atores e faz a gente esquecer que o Brad Pit é aquele marido da Angelina Jolie e sua penca de órfãos

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    3. O Bom do estilo do diretor de 'Pulp Fiction' é que ele oferece não só violência visual, como às vezes querem etiqueta-lo, mas um estilo de cinema que combina denúncia, adrenalina, humor e malícia de uma forma sofisticadamente excessiva e desproporcionada

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    4. Quentin Tarantino não é o meu diretor preferido, mais reconheço que seus filmes não são entediantes Ele explora a sua veia artística à enésima potência e seus filmes são os mais loucos que já vi

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    5. 18:42 Realmente a imagem que passa Brad Pit de bom moço e bom marido de Angelina Jolie e sua penca de órfão marca muito e só Quentin Tarantino consegue a proeza de fazer esquecer isso. Outro ator que Tarantino nos fez esquecer rapidamente quem era foi Leonardo DiCaprio em Django Livre . Ambos estiveram geniais nas mãos do mago Tarantino.

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  8. Si existe um filme que posso catalogar como orgástico , é sem dúvida, "Tudo o que você sempre quis saber sobre sexo e não se atreveu a perguntar’(de Wood Allen). E não é por causa do tema sobre. Este filme é absolutamente hilariante. Em minha opinião, os filmes de Woody Allen e especialmente este que citei é o melhor do humor na história do cinema. O filme é ironicamente hilariante sobre gostos e fobias sexuais.

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    1. Woody Allen é genial e sempre manteve distancia da Academia das Artes e Ciências Cinematográficas O diretor já recebeu inúmeros prêmios e indicações, mas nunca esteve presente. Quando consegui a façanha de conquistar o OSCAR de melhor filme, melhor diretor e melhor roteiro, ele preferiu tocar clarineta com amigos num pub de Nova York. É um louco do Jaaz como eu .

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    2. Wood Allen é um louco na vida(claustrofóbico, pessimista, neurótico ), é um louco nos filmes. Em Manhattan foi um verdadeiro mago do diálogo agudo

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    3. Pois é, hoje roteiristas e artistas se vendem baratinho como se fossem xepa de fim feira pra conseguir qualquer merda na tv e serem chamados de artistas.

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  9. Nossa tony fazia tempo que não lia um debate com um nível tão alto. Cansei das bichas falando de política. Espero que a moda de falar mal da política brasileira na internet como se minguem tivesse responsabilidade no que está acontecendo acabe logo.

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    1. Pobre Tony ! que paciência!
      O nível do debate sobre política na internet é o mesmo nível da política no senado e congresso .Todo mundo fala besteira e ninguém escuta. Depois querem quebrar o espelho em vez de o atravessar como a cena metafórica do filme Alice no pais das Maravilhas

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    2. E você contribui demais com sua genialidade em mostrar o defeito alhei mas sem acrescentar nada mais, nem uma sementinha da sua superioridade intelectual.
      Parabéns.

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    3. 13:55 Lewis Carroll concebeu Alice para zombar de uma sociedade retrógrada que rejeitava a imaginação e comemorava a mediocridade, desprezando todos que não fizesse parte do esquema

      Mas olhando por outro prisma também era uma fábula perversa sobre a inocência, sempre ameaçada pelo sinistro ou irreal, mas sempre abrindo o caminho para a descoberta de que o impossível é só uma palavra não um fato

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    4. 14:28 acho que o brasileiro precisa ler mais Alice de Lewis Carroll para não ficar preso para sempre em um país nem um pouco perturbado pela maturidade que bate insistentemente na sua porta

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    5. 13:55 e 14:28 Sou psicólogo e sempre recomendo esta fábula para meus pacientes lerem. É incrível como Lewis Carroll penetra no inconsciente

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    6. A base histórica de Alice é tão crítica e metafórica, que cada vez que você ler de novo, se ver a história com outro ponto de vista completamente diferente do anterior.

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