quarta-feira, 8 de junho de 2016

MUDANDO O CANAL

O livro do Mauricio Stycer tem uma aparente contradição. O título é "Adeus, Controle Remoto". Mas o conteúdo passa a sensação de um grande zapping pela TV brasileira dos últimos anos: quase todo capítulo é dedicado a um programa específico, geralmente das emissoras abertas. Na verdade, muitos desses textos foram publicados na coluna que Stycer assina na Folha todo domingo. E juntos formam, de fato, um painel do melhor e do pior que a nossa televisão vem produzindo. Só que a proposta do volume é mais ambiciosa: retratar o momento de transição entre a TV "linear" (com horário, grade, comerciais, essas chatices todas) e a liberdade que o "streaming" e os aparelhos móveis dão ao espectador. As consquências serão profundas - como que fica, por exemplo, a propaganda, que ainda financia quase tudo o que assistimos? Este asunto é tratado, principalmente, nos textos inéditos que abrem cada segmento. "Adeus, Controle Remoto" não esgota um tema tão complexo, e nem era essa a pretensão do autor. Mas já é um livro fundamental para quem quiser começar a entender uma mudança que promete ser tectônica.

17 comentários:

  1. Engraçado. Eu perdi total interesse por series de tv. Antes poderia matar uma temporada inteira num fim de semana. Hj percebo que prefiro ler o conteúdo das redes sociais. Outros amigos estão dizendo o mesmo. Acho que a propaganda sobre um novo lançamento é tão grande que fica parecendo novela e eu começo a achar que estou sendo manipulado junto com a massa. Odeio fazer parte da maioria.

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  2. O mio babbino caro
    Stycer cobre BBBobagens e futilidades burguesas, especialmente da Globo golpista e responsável pelo atraso do país. A televisão nos deixa burros, muito burros demais. Prefiro ficar com um conhaque e um livro do Capote.

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    1. Pois é. E ainda tem gente disposta a escrever sobre programa de tv.

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    2. Acho curioso que, depois de 60 anos de TV no Brasil, ainda tenha gente que acha que ela é "futilidade". A TV ainda é o maior veículo de massas da história da humanidade. Sua influência ainda não foi igualada pela internet. Desprezá-la é um ranço típico de professor universitário dos anos 1970, mas que hoje cheira a mofo.

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  3. As séries americanas estão no auge mas já se nota um desgaste, a falta de realmente novas histórias, estão todos seguindo modelos que fizeram sucesso e começando a se repetir. Veja o caso da Shonda, descaradamente se repetindo.

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  4. Tony, passando pra avisar que o documentário "Do I Sound Gay?", que já rendeu dois posts no blog, está disponível no Now (seção de documentários do GNT).

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  5. E seus projetos tony?

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    1. Estão por aí. Tenho três propostas de série circulando entre produtoras diferentes. Um longa meu deve entrar em produçnao até o fim do ano (toc, toc). E estou trabalhando numa série que não fui eu que criei, mas pode ficar bacanérrima.

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    2. Dá dinheiro desenvolver um projeto mas acabar não o tendo realizado ou eles só pagam se acontecer?

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    3. Depende. Às vezes te dão dinheiro para desenvolver, àsb vezes compram os direitos e não fazem, às vezes você trabalha na base do amor. Tem de tudo nesse mercado.

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    4. O dinheiro para bancar esses projetos vem todos da lei Rouanet, nao?

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    5. trabalhar na base do amor... mitou... isso acontece!!!! direeeeto!!!!!! em quase todas as áreas, exceto medicina

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  6. que longa???????????????

    conta conta!

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