terça-feira, 5 de janeiro de 2016

OS ROTOS E OS ENSAGUENTADOS

O Irã se revoltar por causa de uma execução na Arábia Saudita é o roto reclamando do esfarrapado. Os dois países estão entre os que mais aplicam a pena de morte, da qual não escapam menores de idade, ladrões de galinha e - dããã - inimigos políticos. Claro que os sauditas sabiam que a execução do clérigo xiita iria eriçar as penas do Irã. Foi um cálculo, para desviar a atenção do população dos muitos problemas internos. São os sauditas que estão inundando o mercado com petróleo barato, para inviabilizar, entre outras coisas, o xisto betuminoso americano e o pré-sal brasileiro. Mas, por causa disso, a renda do reino caiu, e terão que cortar benefícios sociais (como a famosa mesada milionária). A família real vai tentar se manter no poder de qualquer jeito, mesmo que isso provoque uma guerra no Oriente Médio. Dessa vez torço pelo Irã: o país dos aiatolás ainda é uma ditadura teocrática, mas está em vias de se liberalizar e tem uma classe média educada e uma elite sofisticada. Os sauditas não têm nada disso, e ainda são os grandes patrocinadores do wahabbismo, a doutrina que gerou a al-Qaeda e o EI. Podem ganhar essa partida, mas irão se foder totalmente quando o petróleo se esgotar.

(e por falar em Islã, gostou da coleção de véus de Dolce & Gabbana?)

14 comentários:

  1. Pois é mataram um desequilibrado religioso um a menos mas tem mais de mil p o lugar dele, torço também p o Iran pois a Arábia Saudita é a própria porta do inferno! Por tudo que sabemos.

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    1. O cara que foi morto supostamente não era um terrorista, e pregava a resistência pacífica ao regime. Era apenas um oposicionista. A tese defendida pelo Irã, e apoiada inclusive por diversas organizações internacionais, é a de que mataram um inocente. Por tudo que sabemos.

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  2. Pré sal da Dilma kkkkkkkkkkkkkkkkkk
    A melhor piada da década.

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  3. olha que maravilha, e que as lideranças de direita pressionem a Merkel http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/ataques-contra-mulheres-em-colonia-abalam-alemanha

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    1. Ataques praticados por africanos que emigraram pra Alemanha. Nas escolas já é comum o pedido pra que as meninas se vistam de maneira comportada pra não insultar os muçulmanos. Recebe mais refugiado que está pouco rs.

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  4. Queremos saber quando vc vai falar das denuncias contra o Aécio!

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    1. Quando elas se tornarem mais consistentes.

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    2. caraca, que merda
      é obrigação falar do Aecio Carrerista?

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  5. Pois eu não "torço" para nenhum dos dois lados. Irã com sua polícia da moralidade, que prende pessoas na rua por causa do corte de cabelo e das roupas ocidentais? Não, obrigado. Já temos a Feliciana & cia que desempenham muito bem o papel de polícia do c* alheio.

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    1. Eu torço pelo Irã, não por seu regime. O Irã é um país de verdade: tem um povo, uma língua, uma história. E está caminhando leeeeentameeeente para um governo mais liberal. As novas gerações estão fartas da ingerência da religião na vida cotidiana.

      Já a Arábia Saudita é um pequeno império conquistado pela dinastia al-Saud: mistura os beduínos fanáticos da região central de Riad, a capital, com a cultura mais cosmopolita do Hejaz, a região de Meca, mais os xiitas da costa leste e o complicado Iêmen a sudoeste. É uma colcha de retalhos, que pode se desfazer se a casa real perder o poder. E, na verdade, seria ótimo que se desfizesse. A Areabia Saudita é um câncer do mundo, que se alastra e espalha malefícios.

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    2. Tamo junto Tony!!! Issae Irã vai acabar com esse bando de príncipe cheirador de cocaina!!!!!

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  6. Foreign affairs for dummies.

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  7. Outro roto são os Estados Unidos que, apesar de legitimamente condenarem o Irã por violações de direitos humanos, não o fazem quando quem executa opositores políticos é a Arábia Saudita.

    O gabarito na hora de execrar líderes internacionais é assim: Executa desafetos políticos? É nosso inimigo? Apenas se condena países que preenchem esses dois requisitos, visto que os EUA fala do Irã e da Rússia, mas não dá um pio sobre Arábia Saudita e Turquia.

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  8. Não tem nada com o pré-sal, isso é teoria da conspiração, lembrando que o Brasil criou há anos o melhor combustível alternativo, o etanol.

    O problema é que o Irã quer ocupar o antigo espaço que tinha na OPEP e tem pressionado pra baixar a produção de petróleo. A AS é contra e continua produzindo em grande escala contribuindo pro preço ter despencado, prejudicando o Irã e os novos produtores de petróleo dos EUA.

    80% da receita dos sauditas vem do petróleo e como é um país com grande gasto público, mais da metade do PIB, não tem como bancar os custos do Estado de bem-estar social. A conta não fecha, vem austeridade fiscal por aí. Mas o importante é ferrar com os outros membros da OPEP.

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